Foi de uma necessidade pessoal que surgiu a Lachoix. Fátima Carvalho em determinada altura da sua vida deixou os saltos de lado e começou a usar mais ténis. No entanto, percebeu que estes não eram adequados para todas as ocasiões e que existiam poucas opções de sapatos rasos que aliassem design, conforto e intemporalidade.
“Toda a vida tinha sido fã de saltos altos e em determinada altura da minha vida comecei a usar com muita frequência ténis, no entanto não me resolviam todas as situações, pois procurava sapatos, especificamente o estilo dos loafers. E foi aqui que comecei a identificar que existia uma falha no mercado.”
Lachoix
Com a missão de tornar as mulheres mais confiantes ao escolherem uns sapatos rasos, que possam ser usados em qualquer ocasião, encontra na Lachoix loafers, slippers, slip-on, bailarinas e sandálias. Nesta coleção outono/inverno a marca adicionou o Mid-Heel loafer, uma versão dos loafers clássicos, mas com 4 cm de salto.
A favor do slow fashion, sem pretensões de produzir em massa e com vontade de manter o lado artesanal que muitos dos modelos apresentam, todos os sapatos são confecionados em fábricas portuguesas e tudo é desenhado de raiz. “Alguns modelos têm uma grande componente manual e trabalhamos com artesãos fora do ambiente industrial, daí muitas vezes optarmos por coleções limitadas, pois cada vez há menos pessoas habilitadas a fazer determinado tipo de trabalho”, afirma Fátima.
Quanto aos best sellers, estes são o modelo Tomboy, o primeiro modelo da marca. Nos modelos com padrões, distinguem-se os leopardos e os zebra. E se anda à procura de razões para adquirir um modelo Lachoix, saiba que a marca se distingue por ter modelos contemporâneos com qualidade e diversidade. Desde os clássicos aos “statement”, satisfazem as necessidades de todas as mulheres.
“Diria que os fatores que nos distinguem são: Sapatos rasos, Qualidade, Design, Intemporalidade, Sustentabilidade e o Know-how do calçado português”, afirma a fundadora.
Com preços entre os €195 e os €320, pode adquirir qualquer um dos modelos na loja online, em lachoix.com, ou na loja física, o Lachoix Studio, no Príncipe Real, em Lisboa.
Por detrás de um grande projeto, está uma grande mulher
Aos 54 anos, Fátima Carvalho é casada, mãe de duas filhas e avó. Licenciou-se em Turismo e Gestão Hoteleira, trabalhou vários anos na aviação e na hotelaria, sempre na área comercial. A área da moda sempre a fascinou, em particular malas e sapatos, e chegou a ter uma loja de roupa.
No entanto, conta-nos que nunca desejou ser empreendedora. Encontrar e idealizar o modelo que queria para o seu negócio foi muito intuitivo. A parte difícil foi encontrar a fábrica que correspondesse aos seus standards e encontrar uma forma de sapato que se adaptasse aos pés de todas as mulheres – “o que não foi logo imediato e que continua a ser um desafio”.
Gerir a marca e criar os modelos, bem como a tomada de decisões difíceis, encabeçam a lista de preocupações desta mulher empreendedora. E apesar de contar com a ajuda da sua família, em particular da filha, Fátima diz-nos haver dias esgotantes e frustrantes, e que lidar com a indústria do calçado é complicado.
“Enquanto empreendedora acho importante passar a mensagem de que com coragem, audácia e acreditar sempre no projeto, conseguiremos alcançar o sucesso”
E o que é que o futuro reserva?
Continuar a primar pela qualidade, fazer sapatos diferenciadores, tornar as coleções mais exclusivas e especiais, são alguns dos planos para o futuro da Lachoix.
Para além disso, Fátima afirma querer internacionalizar a marca e dinamizar o Lachoix Studio com mais ações e parcerias, tornando este um espaço de referência, onde poderemos ficar a conhecer novos artistas e designers, participar de workshops, pop-ups e eventos.
