O Tão Longe, Tão Perto é um projeto de curadoria de vinhos nacionais servidos em torneiras. A marca nascida no Brasil, que prioriza os pequenos produtores e a agricultura familiar, chega agora a Portugal e no seu espaço em Vila Nova de Gaia conta, ainda, com enchidos do Alentejo, queijos da Serra da Estrela e uma vista privilegiada sobre o Douro.
O conceito inovador, que simplifica e torna mais sustentável o consumo de vinho, servindo-o diretamente em torneiras, nasceu em 2020, em São Paulo, no Brasil, pelas mãos de Ariel Kogan e Gabriela Monteleone. Recentemente, inaugurou a sua primeira morada em Portugal. É em frente ao rio Douro, com uma vista soberba sobre as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia, que o wine bar Tão Longe, Tão Perto mantém o mote “da terra para o copo”, privilegiando o trabalho de pequenos produtores, a agricultura familiar e o meio ambiente.
Ana Carolina e Carlos Chaves ao lado de Ariel Kogan
Carlos e Ana Carolina Chaves, sócios da Casa Tão Longe, Tão Perto, no Porto, juntamente com Ariel Kogan, explicam que querem com este projeto “promover a sustentabilidade, reduzindo a produção, transporte e descarte de embalagens de vidro, promover a economia circular e facilitar o acesso a vinhos de qualidade a preços competitivos. Procuramos aproximar o público a uma nova geração do vinho português, com quem trabalhamos de forma muito próxima”.
No espaço em São Paulo, no Brasil, o projeto já contribuiu para salvar “4240 garrafas de vidro em 2023 e até maio deste ano já poupámos 2266”. Números que, segundo Ariel Kogan, provam o “compromisso com a sustentabilidade, tanto ambiental como financeira”.

Das torneiras disponíveis na morada portuguesa jorram 6 vinhos (2 tintos, 2 brancos, 1 rosé e 1 orange) de quatro produtores parceiros: Quinta do Javali e Pormenor (Douro), APRT3- Wine Creators (Lisboa) e Textura Wines (Dão), projetos emergentes, muito focados em práticas sustentáveis, que resultam em vinhos com baixa intervenção. Os tamanhos vão de 100 ml (€3,50) a 1 litro (€27). Há, também, cálices de vinho do Porto da Quinta do Javali – Tawny (€5) e Reserva White (€7,50) – e garrafas growlers, com capacidade de 500 ml e 1 litro, para poder levar para casa e voltar a encher.
“Armazenados em barris de 20 ou 30 litros, permanentemente reabastecidos, esta é uma solução prática e simples capaz de preservar a qualidade e a frescura do vinho sem oxidação durante vários meses. A valorização do trabalho dos produtores faz parte da alma do Tão Longe, Tão Perto. Em breve, teremos também disponível uma sidra portuguesa, da marca Humus Wines”, adianta Ariel Kogan.

Para acompanhar os vinhos, o Tão Longe, Tão Perto oferece ainda uma seleção de queijos e enchidos artesanais, também eles assinados por pequenos produtores portugueses. A tábua de queijos (€15) do restaurante e queijaria Ponte dos Cavaleiros reúne queijos de cabras e ovelhas nativas da Serra da Estrela, curados por até 120 dias, já os enchidos (€17), feitos a partir do Porco Preto de Raça Alentejana, criado com alimentação natural e curado até 36 meses, chega da marca Absoluto. Além da tábua mista de queijos e enchidos (€19), há ainda azeite da Quinta do Noval (Douro), azeitonas da Quinta Mourisca e pão de fermentação natural vindo diretamente da Padaria Madan, na Foz do Douro.

Situado na Rua do General Torres, o Tão Longe, Tão Perto ocupa um edifício com mais de 70 anos, onde as paredes de granito foram preservadas e hoje saltam à vista as torneiras de vinho, o sofá, as mesas altas, o balcão exterior e uma grande janela com vista para as caves de vinho do Porto, o rio Douro e as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. O wine bar está aberto de quarta a sexta, das 17h às 23h, e sábado e domingo, das 15h às 23h.