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Nobel da Paz: Malala e Kailash Satyarthi

Lembra-se de Malala Yousafzai? Na edição de novembro de 2013 da LuxWOMAN, demos-lhe a conhecer esta menina-coragem que desde os 11 anos luta pelo direito à educação das mulheres paquistanesas. Na altura, Malala tinha sido nomeada para o Prémio Nobel, que não venceu. Agora a história é outra…

O presidente do Comité Norueguês do Nobel, Thorbjorn Jagland, anunciou hoje, dia 10 de outubro, que o Prémio Nobel da Paz foi atribuído a Malala e também ao ativista dos direitos das crianças Kailash Satyarthi.

Malala tornou-se um símbolo da luta pelo acesso universal à educação, depois de se recusar a seguir a lei imposta pelos taliban no vale do Swat, onde vivia, que não permitia às mulheres frequentarem a escola. Malala insistiu em continuar a estudar, ao mesmo tempo que ia dando a conhecer ao mundo a sua luta através de um diário publicado pela BBC. A sua irreverência tornou-a um alvo a abater.

Em 2012, com apenas 15 anos, foi atingida a tiro, quando voltava para casa no autocarro da escola. Depois do ataque, foi levada de helicóptero para um hospital militar e operada ao crânio. Uma das cirurgias consistiu em colocar uma placa de titânio na cabeça. Outra, na reconstrução de um tímpano destruído pela bala.

Antes de ser operada, gravou uma entrevista, só mais tarde divulgada, na qual declarou: “Deus deu-me esta nova vida, é uma segunda vida. Eu quero servir, quero servir as pessoas. Quero que todas as meninas e crianças recebam instrução.”

A 12 de julho de 2014, data do seu aniversário, a ONU homenageou a ativista ao criar o Dia de Malala.

O Prémio Nobel da Paz foi também atribuído a Kailash Satyarthi, de 60 anos, ativista dos direitos das crianças, que abandonou a carreira de engenheiro para se dedicar à luta contra o trabalho infantil nos anos 80.

Fundou uma organização, a Bachpan Bachao Andolan, que já conseguiu retirar cerca de 80 mil crianças de trabalho escravo. É promotor de vários movimentos, como a Marcha Global Contra o Trabalho Infantil, e fundou a Campanha Global pela Educação.

Um Prémio Nobel da Paz partilhado por dois grandes nomes na luta pelos direitos das crianças e um prémio atribuído “a um hindu e a uma muçulmana, um indiano e uma paquistanesa que se juntaram numa luta comum pela educação e contra o extremismo”, destaca o Comité Nobel.

Malala é a vencedora mais nova do Prémio Nobel, com apenas 17 anos.

Imagem de destaque: Malala © Reuters.

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