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Nos Primavera Sound foi conquistado por 3 rainhas

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O Nos Primavera Sound é ,para os que o frequentam desde a sua criação, uma espécie de santuário do género indie rock, que faz com que muitas vezes a recetividade do seu público, a sonoridades mais comerciais e mais afastadas da cultura “underground”, não seja a melhor. Com o passar dos anos a aposta do festival tem sido cada vez mais acompanhar aquilo que de melhor se faz na música nacional e internacional e a edição de 2019 não foi excepção.

O cartaz deste ano estava revestido de um nuvem de desconfiança e ceticismo e desilusão para alguns dos maiores fãs do festival, como reflecte a diminuição dos bilhetes adquiridos para o festival, em comparação com o ano anterior. Essa nuvem apesar de ter dado sinais de si com alguma chuva no primeiro dia, foi começando a desaparecer com o decorrer do festival.

SOLANGE.

O primeiro dia contou com a atuação da primeira rainha do festival, Solange. Para além de ser uma das melhores vozes da musica internacional, Solange é, apenas e só, irmã de Beyoncé Knowles. A herança previa-se pesada, mas a artista tem demonstrado que tem capacidade para aguentar toda a pressão. Era apontada como uma das principais cabeças de cartaz do festival, pelo menos eram essas as expectativas do diretor do festival, mas foi precisamente esse o dia com menos bilhetes vendidos, embora se esperassem mais de 20 mil pessoas. As previsões meteorológicas não eram as melhores e isso parecia ser a única razão para a pouca afluência. Chegou sem se deixar fotografar, no centro do palco era visível uma grande escadaria, que seria o cenário dos bailarinos da cantora, o relógio marcava as horas do início do concerto e no centro do recinto começou a ouvir-se um silêncio ensurdecedor, que se dissipara ao ritmo dos primeiros acordes.

O foco principal da artista foi o novo disco, descrito pela critica especializada como um “disco Snapchat”, temas curtos, de rápido consumo, que não demoram até se instalarem na ponta da língua dos seus fãs. A energia é crescente ao longo do espectáculo, mostrando que conseguiria mexer com uma pista de dança. Apesar de se ter baseado no seu mais recente trabalho ” When I Get Home”, apresentando-o com um sorriso contagiante, Solange não esqueceu alguns dos seus maiores êxitos como “Things I Imagined”, que como não poderia deixar de ser, teve direito a um encore a uma só voz – a do público.

Nem sempre é fácil nascer com a pressão de ser irmã de uma das maiores cantoras pop da história da música, mas Solange conseguiu. Soltou-se desse rótulo e percebeu que só teria sucesso naquilo que mais gosta de fazer, se fosse ela própria. Hoje é uma voz respeitada, tendo sido responsável por um dos melhores concertos do festival e provando que as expectativas que lhe eram atribuídas não eram desmedidas. A primeira coroa está entregue.

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