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O AVC e a diabetes são duas doenças que têm muito em comum

Hoje, dia 31 de março, assinala-se o Dia Nacional do Doente com AVC. Para não deixar este dia passar em branco, decidimos explorar a relação entre a diabetes e o AVC. Sabia que um em cada cinco diabéticos vai morrer de AVC?

O AVC e a diabetes são duas doenças que têm muito em comum, nomeadamente o crescimento junto da população, e o facto de afetarem os vasos sanguíneos, associando-se a outros importantes fatores de risco vascular, como a hipertensão arterial e a dislipidemia (aumento das gorduras no sangue).

Dr. Luís Andrade

Dr. Luís Andrade

Para nos ajudar a compreender melhor esta relação, falámos com Luís Andrade, médico de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga.

Existe uma relação entre o AVC e a Diabetes? Se sim, que implicações é que traz?

Vários estudos têm demonstrado um aumento de 2 a 4 vezes o risco de eventos cardiovasculares, incluindo o acidente vascular cerebral (AVC) nos doentes diabéticos em comparação com os não diabéticos.

Após um AVC, o risco de morte, a incapacidade permanente e o défice cognitivo são superiores nos diabéticos, consistindo num pior prognóstico a curto e médio prazo.

Estes indicadores, na população com diabetes que corresponde a aproximadamente 13% da população adulta em Portugal, merecem um olhar profundo e atento.

O que é que se deve fazer para evitar estas implicações?

O risco de AVC aumenta com a existência dos fatores de risco cardiovasculares , nomeadamente, diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade e tabagismo.

O controle global de todos os fatores de risco cardiovasculares permite as maiores reduções de risco e o maior potencial na proteção ao doente.

A melhoria do estilo de vida com uma alimentação saudável, nomeadamente dieta mediterrânica típica do nosso País, e uma atividade física e exercício físico regulares diminuem o risco.

A otimização dos outros fatores de risco com controle multifatorial alcança a maior proteção para o doente.

A que sintomas é que devemos estar atentos?

A alteração da fala, da sensibilidade e da força são dos sintomas mais frequentes numa primeira fase, devendo o doente de elevado risco cardiovascular dirigir-se a uma unidade hospitalar para avaliação imediata. Um diagnóstico atempado e a aplicação de medidas de revascularização possibilitam reduções marcadas das consequências e melhoria significativa do prognóstico.

Quando estas doenças se relacionam já é tarde demais? Ou dá para resolver?

A existência de uma relação entre os fatores de risco cardiovasculares, nomeadamente a diabetes mellitus e o aumento de risco de AVC é uma realidade, no entanto uma abordagem multidisciplinar, e o controle dos fatores de risco, permitirá uma redução marcada da possibilidade da existência de um AVC e consequentemente o aumento da proteção individual. Nunca é tarde demais para se mudar.

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