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O peito está em voga e quer-se cada vez mais natural

Há alguns anos, numas férias paradisíacas, a socialite Kourtney Kardashian publicou uma fotografia em biquíni onde deixava ver a parte inferior dos seus seios. As redes sociais inflamaram-se e o underboob, depois do sideboob e do innerbood, virou trend. De repente, todas as influencers – e seguidoras -, puxavam a parte de cima dos seus biquínis e deixavam vislumbrar discretamente um pouco do peito. Há umas semanas, foi a vez da modelo Gabrielle Epstein publicar uma fotografia na sua página de Instagram exibindo um biquíni reduzido no peito. O triângulo virara retângulo e deixava, praticamente, toda a mama a descoberto, exceto, o mamilo. Assim, surge o conceito de circumboob e uma nova tendência que, surpreenda-se, mereceu o interesse da imprensa internacional.

Uma das cirurgias estéticas mais procuradas continua a ser a Cirurgia Mamária, essencialmente, no que respeita a restaurar o volume, forma e projeção. Por norma, as pacientes apresentam queixas de peito com tamanho reduzido ou descaído, que lhes provoca limitações várias: quer no vestuário, quer nas relações íntimas ou ao nível da autoestima. Por isso, recorrem à cirurgia de aumento mamário, geralmente com implante, mas, por vezes, também com recurso a gordura. Esta é uma cirurgia de rápida execução e recuperação, que apresenta um resultado imediato muito satisfatório.

Porém, se há alguns anos, predominava a procura por peitos redondos e muito volumosos – quem não se recorda da icónica Pamela Anderson, novamente na ribalta depois do documentário na Netflix -, atualmente, as pacientes valorizam resultados mais naturais. Ostentar uma mama enorme e um colo demasiadamente marcado deixou de ser símbolo de beleza para a maioria das pessoas. Hoje, das celebridades às mulheres comuns, a tendência que se observa é de procura por mamas com aspeto cada vez mais natural, proporcional e delicado.

Nesse sentido, tem-se assistido a um pedido por resultados cada vez mais naturais, com formatos mais anatómicos, volumes moderados e colo menos marcado. Razões explicadas pela vontade de muitas mulheres se sentirem bem e confortáveis com os seus próprios corpos e, paralelamente, disfarçar a mudança no ambiente social ou laboral.

Com os implantes mamários mais recentes é cada vez mais fácil caminhar neste sentido, existindo formatos anatómicos e pesos reduzidos que conferem um aspeto natural ao resultado, com um peito delicado, estreito e adequado à estrutura da mulher e ao aspecto elegante e fit que quer atingir. A média de volumes mais pretendidos é de 250 a 350 ml, mas na consulta devemos considerar o volume já existente, biótipo da paciente, altura, a largura dos ombros, bem como, as medidas do tórax. Mesmo a proporção com outras partes do corpo deve ser considerada para calcular o volume do implante a colocar.

Apesar desta tendência de naturalidade, ainda existem algumas mulheres que idealizam uma mama mais arredondada, com colo bem marcado e com grande volume. O cirurgião experiente e competente deve estar preparado para ouvir e atender as expectativas das pacientes, sempre pontuando os prós e contras e atualizando-as sobre as práticas mais modernas.

Por isso, sejam quais forem as tendências, a Cirurgia Plástica pode sempre ser um recurso, acompanhando as necessidades e desejos das pacientes. Mais do que qualquer trend das redes sociais, underboob, sideboob, innerboob ou circumboob, passando até pelo #freethenipple, o importante é a mulher sentir-se bem com o seu corpo e valorizá-lo, com naturalidade e liberdade de escolha.

Artigo de Opinião de Dr. Duarte Salema Garção

Cirurgião plástico e diretor clínico na My Clinique

Dr. Duarte Salema Garção

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