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Legislativas no feminino: Isabel Moreira

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Portugal vai a votos no próximo dia 4 de outubro, dia de eleições legislativas. Enviámos a Catarina Martins, Isabel Moreira, Maria Luís Albuquerque, Rita Rato e Teresa Caeiro um questionário com as mesmas 25 perguntas. Durante esta semana, deixamos-lhe as respostas, de uma candidata por dia.

Hoje responde Isabel Moreira, deputada independente do Partido Socialista.

1. O que é a política para si?

Para mim, a política é um compromisso permanente com o interesse público. Isso implica entender que esse compromisso tem uma carga ideológica, que deve ser assumida com autenticidade. O objetivo de cada causa que abraço, de cada projeto de lei que subscrevo, de cada intervenção, tem sempre de ser baseado nos valores da igualdade, da liberdade e da justiça. Temos sempre de atuar sendo o outro. Nunca, em caso algum, posso sacrificar um objetivo justo em prol de considerações de carreira ou de imagem pública. A entrega tem de ser total.

2. Como é que chegou à carreira política?

A política não é, para mim, uma carreira. Cheguei a deputada porque quem me convidou para concorrer entendeu que o meu currículo universitário, de jurista e de intervenção pública em defesa de direitos fundamentais justificava o desafio. E eu aceitei.

3. Quer ser deputada para…

Demonstrar que a minha geração pode e deve dar um contributo para a construção de uma sociedade mais justa.

4. Está neste partido porque…

Sou socialista.

5. Como é que vê as iniciativas dos cidadãos independentes e os novos partidos que apareceram nos últimos tempos?

A democracia tem de ter espaço para esses fenómenos. São positivos. Preocupam-me se envergam ideologias extremistas, fruto do descontentamento popular com a política. Preocupa-me a demagogia como arma.

É uma desonra não lutar pelos que vivem com o salário mínimo.

6. Ser de esquerda é…

Um compromisso ideológico, biológico, mesmo, com o povo, com o valor da igualdade, com a defesa dos mais desprotegidos, com a defesa intransigente do Estado Social, do SNS, da Segurança Social Pública.

7. Ser de direita é?

Acreditar que o Estado é um interventor subsidiário, aderir a um modelo único de família ou de parentalidade que deve ser imposto aos demais, defender a privatização de setores estratégicos do Estado, entre muitos outros fatores.

8. Ainda fazem sentido estas distinções?

Totalmente.

9. Conseguiria viver só com o salário mínimo português? Como é que faria?

Não. E, como socialista, devo dizer isto claramente. É uma desonra não lutar pelos que vivem com o salário mínimo.

10. Conseguiria viver com um salário de mil euros? Como é que faria?

Conseguiria e já vivi com menos. No meu caso, como vivo sozinha, não tenho filhos para alimentar.

11. Como é que vê os estágios não remunerados?

Como uma forma moderna de escravatura.

12. É preciso legislar a proteção dos recibos verdes?

Claro.

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