A 28 de maio celebra-se o Dia Internacional da Saúde da Mulher, uma data importante que visa alertar para a promoção da saúde feminina
A osteoporose afeta uma em cada três mulheres em Portugal. É uma doença silenciosa, muitas vezes só detetada após a primeira fratura. Mas o mais importante a reter é que pode ser largamente evitada, ou pelo menos adiada. O diagnóstico e uma alimentação rica em cálcio ao longo de toda a vida são um grande investimento na saúde.
O cálcio é o mineral mais importante para a saúde óssea. Durante a juventude, ajuda a construir ossos fortes. Em idade adulta, contribui para manter a densidade óssea. E após a menopausa, quando os níveis de estrogénio diminuem, é essencial garantir o aporte diário de cálcio procurando contrariar a perda natural de massa óssea.
O consumo de alimentos ricos em cálcio – como o leite – e a vitamina D são essenciais, contribuindo significativamente para a manutenção da densidade óssea. Um complementa o outro: sem vitamina D, o nosso corpo não absorve o cálcio, e o leite, por exemplo, pode ser também fonte de vitamina D.
A osteoporose é amplamente subdiagnosticada. A maioria dos casos de osteoporose só é detetada após fraturas, perda de mobilidade ou dor crónica. Por isso o diagnóstico precoce é fundamental. O investimento neste mecanismo pode poupar milhares de euros em tratamentos, cirurgias ou internamentos. Mas, acima de tudo, prevenir o impacto emocional e social causado pela perda da qualidade de vida e da autonomia.
Da relação entre a saúde da mulher e a osteoporose ressalta a importância de um cuidado integral e preventivo ao longo de toda a vida. Através do rastreio, mudanças no estilo de vida, acompanhamento médico adequado e intervenções precoces, é possível preservar a saúde óssea e garantir uma vida ativa e plena. Cuidar da saúde da mulher também é cuidar dos ossos e do futuro de cada uma – e isso pode começar já.
Artigo de Opinião de João Rodrigues
Nutricionista
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