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Se não postei, nunca existiu

Hoje em dia, quem não divulgar nas redes sociais, é porque nunca existiu. Se for para existir, que seja para o outro comprovar e não para nós provarmos dessa mesma existência. Este é o desfecho incontornável para quem se deixa seduzir pelos ‘likes’. Eu pertenço a esta ‘perigosa’ faixa etária e estou assustado. Tenho conversas com mais testas do que bocas e os olhos, esses, já os perdi de vista. Estes corpos alienados sem expressão parecem tuk-tuks de um só lugar, apontam, fotografam e roubam para a sua galeria virtual. E, para que não haja qualquer dúvida de que realmente lá estavam, têm a infeliz ideia de se juntarem ao quadro final. Passamos o foco, literalmente, para o nosso ego. Depois de borrarem a pintura, preocupam-se com o seu protagonismo injusto: a pose meticulosamente pensada e copiada, a gargalhada inesperada de uma piada hilariante que a pedra da calçada contou e, acima de tudo, o olhar.

A crónica completa do ator João Gadelha na #LuxWoman de Abril.

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