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Sexo: quando o ritmo não é o mesmo

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Rotina e fantasias

Quando as relações estão no início, a paixão toma conta do casal, a disponibilidade é total, nada parece interferir no espaço que o outro ocupa no nosso coração e na nossa cama. Construir uma vida a dois pode trazer muita realização, mas é um grande desafio. Passamos a partilhar mais tempo com o outro, a viver juntos os sucessos, mas também as preocupações. Quando assumimos uma relação, surgem novas responsabilidades que muitas vezes causam conflitos que podem potenciar o afastamento.

Não é fácil contornar a rotina, mas devemos ter consciência de que é preciso alimentar o amor e manter o que cativou o outro. Descuidarmo-nos de nós e da atenção com o outro, deixarmos de conversar, partilhar, de estar a dois são pontos de partida para o afastamento. Quantos casais se sentem mais sós desde que partilham o mesmo teto? Dar o outro como garantido é negativo, é como se não houvesse mais nada para descobrir, o que torna tudo desenxabido. Por isso, cativar e manter algum mistério devem ser pontos a ter em conta se nos queremos proteger da temida rotina Vânia Beliz

E a realização de fantasias? Que papel tem na coordenação de ritmos? “As fantasias são importantes se servirem de motor para a excitação individual ou do casal, mas é importante que se perceba que nem todas as fantasias são concretizáveis e que estas não podem, ou não devem, ser impostas se do outro lado não houver disponibilidade. Não há nada menos gratificante do que a pressão exercida sobre o outro para determinada prática e fantasia. Costumo dizer que no sexo existem poucas coisas que são proibidas, se existir a concordância de ambos. Mas as fantasias são uma forma eficaz de as mulheres condicionarem o seu desejo, muitas vezes basta concentrarmo-nos em algo que desejamos para a nossa atenção se centrar no nosso prazer. A fantasia é muito importante para a excitação sexual, por isso, sozinha ou acompanhada, fantasiar é bom e recomenda-se”, acrescenta.

Infidelidade e amor

As diferenças de desejo podem levar à infidelidade de quem sente mais excitação sexual? “A fidelidade é cada vez mais um tema complexo e polémico, mas na minha opinião, a procura de outra pessoa ultrapassa a insatisfação sexual. Existem muitos casais sexualmente ativos e satisfeitos que procuram sexo fora da relação, por isso não acredito que isso aconteça necessariamente porque há falta de sexo”, considera Vânia Beliz. “Muitas vezes, a ausência de sexo espelha outras dificuldades como a insatisfação com a relação e acredito que, isso sim, possa ser um dos motivos que levam à infidelidade.

O ‘procurar na rua o que não se tem em casa’ é, em muitas circunstâncias, uma mera desculpa”, desenvolve. E quando um afastamento quase total está instalado? Há alguma coisa a fazer ou deve ir cada um para seu lado? “É importante que as pessoas não acreditem em contos de fadas. Todas as relações têm os seus altos e baixos e não podemos desistir à primeira dificuldade. Já vi muitas tempestades originadas em pequenos conflitos. Quando partimos para a instabilidade relacional tudo pode ser suficiente para condenar algo que até podia ser reconstruído. Podemos estar tristes, zangados, dececionados, mas quando existe amor a relação pode sempre ser reparada. Agora, quando o amor se esgota as soluções são, de facto, poucas.” Será então altura de seguir caminho porque, como cantava Vinicius de Moraes: “A vida é para valer. E não se engane não, tem uma só.”

Imagem de destaque: Funky Christmas Jumpers, PRShots.

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