Sabia que o cérebro e o intestino têm uma relação íntima onde existe uma comunicação bidirecional e que essa relação tem, por consequência, impacto na sua saúde digestiva? Vamos saber mais sobre isto, com Maria Inês Antunes, responsável da SPIMP – Sociedade Portuguesa para a Inovação em Microbioma e Probióticos.
Que relação podemos encontrar entre o cérebro e o intestino?
Uma relação íntima onde existe uma comunicação bidirecional. Isto significa que o cérebro envia sinais ao intestino e vice-versa. Os ácidos gordos de cadeia curta produzidos pelas bactérias presentes no intestino influenciam, não só, a integridade da barreira intestinal (tigh junctions), como também o sistema nervoso central (GLP1, PYY, GABA e H-TP), o sistema imunitário (cel T, inibição das citoquinias pro inflamatórias) e a ativação do tecido adiposo castanho. A nossa microbiota intestinal responde aos nossos padrões alimentares. No entanto, não há um alimento que influencie, mas, sim, um conjunto de comportamentos e de escolhas alimentares.
Os alimentos influenciam, realmente, a nossa forma de pensar?
Atualmente, sabemos que existem uma série de alimentos que potenciam a saúde mental, mas não influenciam diretamente a forma de pensar.
Por que razão a relação entre o cérebro e o intestino influencia o nosso bem-estar?
Uma percentagem de 95% da serotonina do nosso corpo é produzida por células especializadas do nosso intestino. A serotonina é conhecida como a “hormona da felicidade” ou a “hormona do bem-estar”, uma vez que é um neurotransmissor importante na regulação do humor, do apetite, do compor tamento social e sexual, do sono e da motilidade gastrointestinal. Níveis de serotonina baixos podem levar a alterações no sono e à depressão. Já o contrário, influencia positivamente o nosso humor e bem-estar.
Existirão alimentos mais benéficos para isso? E outros menos benéficos? Quais?
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