Nisto de treinar o bem-estar, acho que é mais importante a motivação do que as regras, mas elas existem e ajudam. Quando o assunto é alimentação, sempre ouvi dizer que é no supermercado que começa a mudança. Por isso, Teresa resumiu-me as cinco regras de ouro a ter em conta numa ida às compras:
1/Optar mais por alimentos frescos e menos por alimentos processados (embalados);
2/Não confiar nas letras gordas da parte da frente do pacote e confirmar sempre o rótulo;
3/Escolher sempre cereais integrais;
4/Sempre que possível, comprar os produtos frescos biológicos, além dos ovos e dos iogurtes;
5/Não comprar nada que contenha gordura hidrogenada (ou trans).
Além deste conjunto de regras úteis, há outro trunfo que é fundamental no que respeita a saber escolher o que levar das prateleiras do supermercado: saber ler os rótulos. Neste aspeto, considero-me quase uma leiga (será que faltei a essas aulas na escola?) e por isso pedi à Teresa para me dar algumas dicas, que aqui partilho:
– Leia a lista de ingredientes considerando que estes aparecem sempre por ordem decrescente, de acordo com a sua quantidade;
– Quanto maior for a lista de ingredientes, mais processado é o alimento. Opte por alimentos com poucos ingredientes;
– Evite produtos que contenham conservantes sintéticos, corantes e aromatizantes;
– No quadro nutricional, veja a quantidade de açúcar que o produto contém considerando que 4 gramas equivalem a 1 colher de chá de açúcar;
– E como Michael Pollan referiu no seu livro ‘Saber Comer’: “não consuma nenhum alimento que contenha ingredientes que a sua avó não conheça.”
Lidas assim até parecem fáceis, não é? A única questão é que cumprir estas regras depende, quase exclusivamente, das nossas decisões diárias que muitas vezes nem prestamos atenção. No pequeno-almoço que tem de ser rápido ou no almoço que comemos fora, mas sobretudo na altura de encher o frigorífico e a despensa. E é difícil, mas é tudo uma questão de organização.
Neste últimos meses tenho feito um esforço enorme para que a alimentação não fique esquecida na organização da semana. Há semanas em que a batalha é tão sobre-humana que desisto a meio. E depois volto a carga. E a história repete-se, uma e outra vez. Sim, porque isto do bem-estar treina-se. E a culpa é, sem dúvida, da health coach, que, mesmo depois do programa terminar, continua à distância de um clique (que é como quem diz, de uma mensagem de WhatsApp) para qualquer dúvida ou socorro. E ela é tão mais nossa amiga que o Dr. Google…
Lição #4: não ter urgência. Este é um treino de uma vida inteira.