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A melhor educação é aquela que começa por nós

A opinião da Profª Teresa Damásio, administradora do Grupo Ensinus

Diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos que os pais têm o direito de escolha da educação para os seus filhos. Ora, isso pressupõe que os pais têm um modelo pedagógico de eleição e um conhecimento minucioso do sistema de ensino. Assim, podem preferir ter os seus educandos no sistema de home schooling pois consideram que esse será o mais adequado para o seu desenvolvimento integral. Ao invés, caso prefiram a integração numa instituição de ensino, vão querer ter numa escola em que que a missão e os valores da escola, bem como, o respetivo projeto educativo, os atraia ao ponto de lhes confiarem a aquisição das aprendizagens e dos saberes dos seus filhos.

Portugal iniciou este ano letivo o Projeto da Autonomia e da Flexibilidade Curricular dos ensinos básico e secundário, através do convite lançado às instituições de ensino, e que prevê que estas criem um currículo e um perfil do aluno com um ADN próprio que transporta a respetiva identidade. O desenvolvimento e a consolidação deste projeto irão permitir a cada comunidade educativa, através da flexibilidade do currículo e da introdução de unidades curriculares inovadoras, serem os atores da mudança na construção de um projeto educativo que se pretende ímpar. A autonomia com que cada instituição de ensino aderente empresta ao processo de aquisição de conhecimentos faz com que cada elemento que a constitui a sinta como sua e catalise as emoções por forma a dar corpo a processos cognitivos criativos. O êxito da implementação deste projeto ao nível local irá permitir aos pais uma melhor perceção da escola.

Mas não são só estes a usufruírem do sucesso educativo dos filhos. A sociedade é a maior beneficiária pois a qualificação é o motor para o crescimento económico e para o desenvolvimento sustentável. Assim, se todos tivermos a possibilidade de cumprir o previsto e estatuído na Declaração Universal dos Direitos Humanos conseguiremos ter, para além da riqueza económica e da justiça social, cidadãs e cidadãos felizes, determinados e globalmente competentes.

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