Carolina Patrocínio foi a enviada especial dos canais de televisão Sic e Sic Caras para fazer a cobertura da 89ª edição dos Óscares, que decorreram na madrugada de domingo, 26 de fevereiro.
A LuxWOMAN falou com a apresentadora sobre a experiência, o look que escolheu para a grande noite e até do erro na entrega do prémio de melhor filme.
O que sentiu, ao pisar o ‘ambiente’ dos Óscares?
Acho que foi uma combinação de sensações: o peso da responsabilidade, a excitação de tudo finalmente se ter tornado real, o sentimento de querer absorver ao máximo para poder partilhar de forma legítima o que me rodeava… E, claro, o entusiasmo de quem vive esta experiência pela primeira vez.
Sentia algum peso de responsabilidade? Sente que o conseguiu superar?
Sinto-me de missão cumprida, serena e feliz. Trouxemos todo o trabalho feito com confiança, detalhe e rigor. Trabalhámos muito bem enquanto dupla e em equipa (eu e o câmara), respeitando-nos e ajudando-nos mutuamente. Prefiro deixar a quem de direito avaliar a minha prestação profissional, no entanto, confesso que algumas mensagens que me chegaram de Carnaxide me deixaram agradecida e orgulhosa.
Quais foram as maiores dificuldades?
Sem dúvida, trabalhar com o fuso horário de Portugal (oito horas de diferença!) e cumprir todos os timings de transmissão e de envio do material via computador, perante todas as complicações técnicas que tivemos. Em relação à cidade em si, o maior obstáculo foi sempre o trânsito caótico, que nos limitava a mobilidade na procura de conteúdos e temáticas diferentes.
E as maiores alegrias?
Comprovar, novamente, que amo aquilo que faço e, por isso, estou muito grata a quem me ‘entregou’ esta operação e depositou confiança em mim.
Como foi a escolha do vestido e dos acessórios?
Tive a enorme ajuda do Gonçalo Mello, meu amigo e stylist, que fez todos os contactos com as marcas e elaborou um plano de styling para toda a semana em Los Angeles. Parecendo que não, é algo que me libertou automaticamente e me permitiu focar no essencial nos dias que antecederam a viagem. A escolha do vestido acabou por se tornar uma história engraçada. Eu procurava um corte de sereia, um tecido fluido e umas costas elegantes… E foi o próprio diretor criativo da Pronovias, Hervé Moreau, que nos sugeriu este modelo enviando a imagem por e-mail. Confesso que foi amor à primeira vista e, por isso, foi o único vestido que provei. Não fiz mais prova nenhuma! A escolha dos sapatos foi bastante óbvia. Desde o início que queria calçar um criador português e, para mim, ninguém iguala o Luis Onofre a desenhar ‘emporwerment’ no calçado feminino. Estes sapatos são uma loucura! Camurça preta, atacadores, cristais Swarovsky, tudo num salto vertiginoso, que eu adoro! Apetece olhar para eles dia e noite! As jóias vieram do atelier privado da TOUS, em Espanha, e convenceram-me pelo significado das turmalinas rosas: a verdade e o amor.
Algum dia pensou ir aos Óscares como repórter?
Só em sonhos!
Como caracteriza o ambiente que se vive?
O ambiente, bem ao estilo americano, é sempre descontraído, espírito aberto e sem formalidades (à exceção, naturalmente, das questões de segurança). Toda a gente nos recebeu da melhor forma, ajudando e facilitando em tudo o que precisámos.
Alguma história caricata para contar, tirando a mais óbvia – a atribuição do prémio de Melhor Filme…?
Só o facto de termos desmontado numa das madrugadas (literalmente peça a peça!) o computador da SIC e voltado a montar seguindo as indicações de um vídeo do YouTube. Deu para rir e para chorar (de nervos)!
Como foi, a reação ao erro na atribuição de Melhor Filme, do lugar onde estava?
Foi tão constrangedora quanto aquela que se viu na televisão…!
Quer voltar?
Muito.