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Doença de Parkinson: novos tratamentos na calha

Um novo estudo científico, no qual participou um médico português, identificou alterações neuroquímicas na doença de Parkinson que podem levar à descoberta de novos tratamentos.

A investigação, publicada na revista Brain, contou com a participação de Tiago Reis Marques, médico psiquiatra e investigador português no Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres, e poderá alterar a forma como a doença de Parkinson é tratada.

Isto porque foi demonstrado, pela primeira vez, que pacientes com esta doença têm níveis reduzidos de uma importante enzima cerebral, a fosfodiesterase 10A (PDE10A).

Mais: a redução desta enzima está associada à gravidade dos sintomas motores e à progressão da doença, com doentes numa fase mais avançada e com sintomas mais graves a apresentarem uma redução ainda maior da PDE10A.

“Para observar a enzima PDE10A, os investigadores recorreram a uma técnica de medicina nuclear, através da qual injetaram nos doentes uma substância radioativa com a capacidade de se ligar especificamente a esta enzima e assim visualizá-la e quantificá-la. Os resultados mostraram uma redução da PDE10A entre 14 a 28% quando comparado com indivíduos saudáveis do mesmo sexo e da mesma faixa etária”, lê-se em comunicado.

Estes resultados fazem da enzima um potencial alvo para o desenvolvimento de novos medicamentos no tratamento da doença de Parkinson.

O estudo foi publicado esta semana numa das mais importantes revistas científicas na área de medicina e neurociências e foi desenvolvido durante dois anos por um consórcio internacional de neurologistas e psiquiatras.

Foto © Reuters.

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