Tida como uma das promessas das novas gerações, conta, já, com uma carreira internacional, que inclui papéis de destaque em teatro e audiovisual – de Lisboa a Paris, do Luxemburgo à Alemanha. ‘Escape from Lisbon’ (‘Flucht aus Lissabon’), uma produção do canal alemão ZDF, que estreou a 17 de março e que já conquistou mais de 6 milhões de espetadores, é o trabalho mais recente, do qual é protagonista. Formou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, e no Conservatório de Paris. Estreou-se na televisão por tuguesa, com a série ‘Os Filhos do Rock’ (RTP, 2013) e na telenovela ‘Mar Salgado’ (SIC, 2015). Interpretou, ainda, um papel de destaque na série ‘Ministério do Tempo’ (RTP, 2017), onde vestiu a personagem da rainha Santa Isabel. Regressou, depois, ao Luxemburgo, para integrar a peça ‘As Bruxas de Salem’, no Grand Théâtre de Luxemburgo, em 2017. Desde então, par ticipou em mais de 50 projetos pela Europa, construindo uma carreira sólida entre teatro e cinema, com passagens pelo Teatro Nacional São João, o Théâtre des Célestins em Lyon e participações em projetos como a série ‘Capitani’ (Netflix, 2023) e a longa-metragem ‘Kanaval’ (2023), vencedora de dois prémios no Festival de Toronto (TIFF, 2023).
A ATRIZ EM ENTREVISTA
Como surgiu a oportunidade de integrar o elenco do filme ‘Escape From Lisbon’?
Curiosamente, o meu primeiro contacto com o projeto foi totalmente inesperado. Um amigo do Conservatório de Lisboa, que estava a preparar um casting para uma pequena participação no filme, pediu-me ajuda com uma frase em alemão. Foi assim que descobri que este filme ia ser rodado. Alguns meses depois, quando estava a trabalhar no Teatro Nacional do Luxemburgo, recebi ume-mail com um convite para fazer um casting. Fiz o casting e, algumas semanas depois, recebi a notícia de que tinham adorado! O canal, os produtores e a realizadora ficaram muito entusiasmados com a minha interpretação e foi assim que surgiu esta linda oportunidade.
Com experiência em televisão, cinema e teatro, vencedora de prémios internacionais, como o do Festival de Toronto, com ‘Kanaval’, em 2023. Sente-se orgulhosa pelo trajeto de sucesso que está a conquistar?
Quando saí do Conservatório de Lisboa, nunca teria imaginado que, dez anos depois, já teria feito cerca de 60 projetos, em vários países e em diferentes áreas – do teatro ao cinema, passando pela televisão. Porém, acredito, profundamente, que o sucesso é um processo. Nada acontece de um dia para o outro, e cada passo, por mais pequeno que pareça, conta. Os pequenos passos é que constroem as grandes conquistas. Houve momentos de dúvida, de rejeição, mas nunca deixei de avançar. Mantive-me fiel à verdade do meu trabalho, ao meu amor por esta profissão e à dedicação com que abraço cada projeto. O reconhecimento no Festival de Toronto ou, agora, esta oportunidade tão especial na televisão alemã são sinais de que o caminho valeu a pena. Sempre procurei focar-me nas portas que estavam abertas. Hoje, olho para trás com orgulho, sim, mas também com humildade e uma imensa gratidão pelas pessoas que encontrei ao longo do caminho… e por mim mesma, por nunca ter deixado de caminhar.
Há cada vez mais projetos além-fronteiras e projetos que unem nações, como este?
Estamos numa fase muito bonita no meio artístico na Europa…
