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Homens, o que (não) fazer na cama!

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Paula Fonseca, 48 anos, assessora de comunicação

Pior sexo é não ter nenhum! Mas há experiências más, claro. A mais negativa foi protagonizada por um conhecimento tardio, numa discoteca, e com tudo para correr bem, incluindo imensas gargalhadas cúmplices. Ao fim da noite aconteceram situações divertidíssimas, que passaram por o cavalheiro, de 1,90 m de altura, se enfiar nu na minha banheira a tocar harmónica! Dizia que a melhor acústica está nas casas de banho… E tocava bem, sem ser músico! Depois, na cama, a cumplicidade perdeu-se, devíamos estar demasiado cansados da noitada para conseguirmos ser sexualmente competentes… Mas ele insistiu, muito, e eu já não queria tentar mais, mesmo. Custou-lhe bastante aceitar o NÃO e eu senti-me verdadeiramente mal, praticamente impotente para mandar o senhor embora. Acabou por ir – e não voltar! Não quero falar com ele, felizmente só o vi mais uma vez, ao longe. E vi-o na televisão – não, não é figura mediática mas apareceu num programa – todo sorridente. E eu a pensar como aquele ser pôde ser quase violento… Pelos vistos, as pessoas revelam-se mesmo na cama.

Há outra história também má por diferentes motivos. Teve como protagonista um conhecido numa discoteca, que acabou por se tornar um caso que durou uns três meses. Estava desempregado, mas só a muito custo o assumiu, tinha vergonha da situação (foi há uns anos e o desemprego ainda não era banal), e era algo complicado, sempre com problemas familiares, sobre os quais falava horas, visivelmente incomodado, etc. A primeira vez foi uma surpresa em todos os sentidos: pela descoberta, como sempre acontece numa primeira vez, mas também pelo tamanho – o tal que, dizem, não importa. Era notoriamente pequeno. No entanto, isso não me fez perder o interesse, estava curiosa com aquela personalidade e aconteciam umas massagens longas com creme termal que tinham bastante graça. O interesse dos dois, ao longo do tempo, foi diminuindo e acabou com muita dificuldade da minha parte em conter uma gargalhada… Um dia, um preservativo, sem se perceber como, foi parar ao outro lado da cama. Fiquei preocupada e falámos do assunto, claro. Ele achava que este acidente só podia ter acontecido porque os preservativos, obviamente tamanho standard, eram… pequenos! Nunca tive tanta dificuldade em não desatar a rir na cara de uma pessoa! Mas contive-me, como, acredito, aconteceria com a maior parte das mulheres, que em termos de sexo são umas queridas para os homens, ignorando milhões de ‘falhas’. A história, que já estava agonizante, acabou por chegar ao fim. Nunca abordei o assunto, só voltei a vê-lo de passagem e… não há nada a dizer! Espero que ele um dia ganhe consciência de quem é e, sobretudo, como é, para ser mais feliz e, consequentemente, tornar mais feliz a eventual companheira.

O melhor sexo… foram dois! Um no contexto de uma relação que durou uns dois anos e começou com atração física. A dita atração manteve-se até ao fim e ele é o tipo de homem que se preocupa verdadeiramente em dar prazer à companheira – inclusive, acho, porque quer ter a certeza de que ela, estando feliz, não terá a tentação de ir para a cama com outras pessoas! É assim que marca o território e não me parece nada má ideia! Só não era melhor ainda porque discutíamos umas duas vezes por semana e isso condicionava imensamente o puro interesse sexual.

Outro, foi um caso que se prolongou por vários meses. Meramente sexual, nunca se pensou numa relação, até porque ele estava separado mas ainda apaixonado por uma ex, com a qual viria a reatar a relação mais tarde. Sem melhor explicação, acho que era uma questão de ‘química’. Acabávamos e queríamos mais. Chegávamos a estar a sair de casa para o trabalho, depois de uma noite de sexo e atrasados, e voltar atrás para mais uma sessão, semivestidos. E ficávamos a pensar em sexo o dia todo. Eu gostava da sua grande abertura para novas experiências, mesmo que não as concretizássemos. Ele gostava da minha atitude e de que mais não sei, mas sei que gostava! Recentemente, anos depois do último encontro, propôs-me via Facebook “matar saudades dos bons velhos tempos”. Não quis, disse-lhe que os velhos tempos são isso mesmo, velhos, mas não digo ‘nunca’ nesta história. Pensando bem, talvez lhe telefone…”

Filipa Pereira, 26 anos, jornalista

“A pior noite sexo da minha vida (sim, noite, porque aquilo não se repete) aconteceu há pouco tempo. Conhecemo-nos no ginásio e trocámos contactos. Ele é simpático, jeitoso – muuuuuito jeitoso – e tinha uma lábia desgraçada. Eu deixei-me ir na conversa dele, mas sem nunca lhe mostrar que estava interessada em provar o ‘chocolate’ que ele mostrava ser. Tinha imensa curiosidade de como seria estar com um homem de cor por causa de tudo o que se dizia sobre eles, mas mais valia ter estado quieta. Foi a verdadeira desilusão. Um jeitoso sem jeito nenhum para satisfazer uma mulher. E bruto que nem uma porta! Assim que me agarrou para me beijar, apeteceu-me fugir. Ele não sabia beijar e quase me partiu as costelas ao puxar-me para junto dele. Mas já que tinha começado, não ia desistir, que eu não sou mulher de desistir. Chegados à cama, a linguagem mudou por completo e assustou-me. E na hora H tive de ter a certeza de que aquilo estava mesmo a acontecer porque… não sentia nada. Está uma pessoa à espera de ‘uma salsicha’ e apanha um ‘fio de esparguete’? Não é justo. Nada justo. E o mito cai por terra. A certa altura eu já só pensava em como me livrar do 1,90 m que se esforçava para me dar prazer sem conseguir… Valeu-me o fingimento (desculpem, homens!). Mas o pior ainda estava para vir. O rapaz adormeceu cinco minutos depois de ter tido relações comigo e eu tive de gramar com uma noite a dormir acompanhada. Menos mal, porque ele a dormir não era bruto. Quando acordou, começou a ficar entusiasmado, mas eu ofereci-lhe um banho e a porta da rua. Estava demasiado ‘cansada’… Ele aceitou o banho e foi-se embora. Eu tomei banho, mudei a cama e deitei-me no sofá a dormir. Não me apetecia sequer pensar no que tinha acontecido por tão mau que tinha sido.

No dia seguinte, uma mensagem. Tinha adorado, queria repetir. Não respondi. Cruzámo-nos no ginásio e eu agi como se nada tivesse acontecido. Ele insistiu com mensagens, eu desvalorizei uma por uma, sempre que o assunto era sexo. Continuamos a dar-nos bem, mas sem sexo à mistura. Nunca lhe disse que não tinha gostado, só lhe mandei a ‘boca’ de que não valia a pena repetir.

No meio desta aventura toda, eu só me conseguia lembrar do melhor sexo da minha vida. Uma aventura que nunca esperei que acontecesse e que de repente me caiu em cima… Literalmente. Há peças de puzzle que não encaixam tão bem como nós encaixámos. A relação não resultou, mas as tentativas mantêm-se. Enquanto não conseguimos vingar como casal, pelo menos vingamo-nos no sexo. E saímos os dois a ganhar com isso.”

Imagem de destaque: Dama de Copas.
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