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Legislativas no feminino: Rita Rato

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Estamos a aproximar-nos do dia das eleições legislativas. Ainda indecisa? Enviámos a Catarina Martins, Isabel Moreira, Maria Luís Albuquerque, Rita Rato e Teresa Caeiro um questionário com as mesmas 25 perguntas.

Fique a conhecer aqui as respostas da deputada Rita Rato, do PCP, e não perca amanhã as de Teresa Caeiro, do PP.

1. O que é a política para si?

É a capacidade e a possibilidade que todos têm à sua disposição para resolver os seus problemas, que, sendo individuais, são também do País.

2. Como é que chegou à carreira política?

O conceito de carreira política não se coaduna com a forma como estamos na vida e no exercício de cargos públicos. Entendemo-los como um dever de cidadania e não como uma forma de enriquecimento ou favorecimento pessoal.

3. Quer ser deputada para…

Lutar e conquistar uma vida melhor para todos, um país mais justo e soberano, onde os jovens não sejam forçados a emigrar para fugir à pobreza, ao desemprego, à precariedade. Um país onde os direitos existam na lei e na vida.

4. Está neste partido porque…

Tenho um profundo orgulho no seu património ímpar de 94 anos de resistência e luta pela liberdade e pela democracia. Por integrar um coletivo partidário feito de mulheres e homens de grande coragem, dedicação, honestidade, trabalho e competência que, todos os dias com enorme energia e criatividade, lutam pelo progresso e pela justiça social no nosso país.

5. Como é que vê as iniciativas dos cidadãos independentes e os novos partidos que apareceram nos últimos tempos?

O deficit de participação política que existe no País exige necessariamente maior participação e organização das pessoas, mas essa mobilização será sempre limitada se confinada ao momento eleitoral.

No nosso país, mais de 500 mil trabalhadores, maioritariamente mulheres, sobrevivem todos os meses com 485 euros líquidos (505 euros ilíquidos), valor objetivamente insuficiente para fazer face a todas as despesas do dia a dia.

6. Ser de esquerda é…?

Assumir como central numa democracia o emprego com direitos, uma justa distribuição da riqueza, uma escola pública e um SNS de qualidade para todos, a dignidade na vida de todos e de cada um e a responsabilidade que cabe ao Estado nesse desígnio.

7. Ser de direita é…?

Defender que o “mercado” e as regras da oferta e da procura são o ritmo da sociedade, existindo um Estado mínimo para os cidadãos e um Estado máximo na proteção dos interesses económicos e financeiros.

8. Ainda fazem sentido estas distinções?

Cada vez mais. Até para desmascarar falsas ilusões daqueles que se dizem de esquerda e quando estão no Governo aplicam medidas de direita.

9. Conseguiria viver só com o salário mínimo português? Como é que faria?

Conseguiria sobreviver, coisa diferente é viver com todas as condições de dignidade. No nosso país, mais de 500 mil trabalhadores, maioritariamente mulheres, sobrevivem todos os meses com 485 euros líquidos (505 euros ilíquidos), valor objetivamente insuficiente para fazer face a todas as despesas do dia a dia.

10. Conseguia viver com um salário de mil euros? Como é que faria?

Bom seria que dentro de alguns anos esse fosse o valor do salário mínimo. Na verdade, sendo um salário superior ao salário mínimo, os trabalhadores que o auferem estão longe de poderem ser considerados “ricos e privilegiados”, como considerou o atual Governo, para serem atingidos por cortes inaceitáveis nos seus rendimentos.

11. Como é que vê os estágios não remunerados?

Como um abuso. Sempre que existir prestação de trabalho, este deve ser obrigatoriamente remunerado.

12. É preciso legislar a proteção dos recibos verdes?

É preciso erradicar os falsos recibos verdes e convertê-los em contratos com direitos. Aos verdadeiros trabalhadores independentes é urgente assegurar um regime fiscal e de segurança social adequado e não um regime persecutório e punitivo.

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