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Leonard Cohen sai dos palcos

O artista canadiano morre aos 82 anos.

Sartre escreveu que o sucesso ou o fracasso dos atos do homem é a sua obra. Leonard Cohen, cantor, compositor, poeta e artista viveu até aos 82 anos e não poderia ter tido mais êxito. Considerado um dos músicos mais influentes e visionários da nossa era, inspirou o mundo das artes com a matéria-prima da sua obra: as palavras.

A voz grave, de ritmo penetrante, dos anos sessenta e início dos anos setenta, fez ecoar temas como o amor, o ódio, o sexo e a espiritualidade, a paz e a depressão. Mas não se ficou por uma época. Cohen atravessou os tempos e escreveu composições, que se tornaram icónicas. As mais conhecidas do artista são ‘Allelujah’, imortalizada, também, pela reinterpretação de Jeff Buckley, ‘I´m Your Man’, uma canção encantadora onde o artista eleva todo o seu charme, ou ´So Long, Marianne’, um poema maravilhoso sobre o amor.

Em outubro deste ano, lançou o seu último álbum, ‘You Want it Darker’, produzido pelo seu filho Adam, que colocou um microfone na sala de jantar e com a ajuda de um portátil gravou as faixas, devido às dificuldades do músico canadiano em sair de casa.

Num artigo para a revista semana The New Yorker, Cohen, disse: “intenciono viver para sempre”. E viverá, geração após geração, apesar da notícia da sua morte ter sido divulgada esta quinta-feira, 10 de novembro, sempre que se dance ‘Dance Me to the End of Love´ ou se recite ‘Take this waltz with its “I’ll never forget you, you know’.

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