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Não compre, adote!

Era um dia normal na redação da LuxWoman – muito trabalho e muito boa disposição – até que encontrámos um vídeo que nos comoveu, a todas.

A Hope for Paws, uma organização norte-americana que salva animais abandonados, partilhou mais um dos seus casos de sucesso e nós não conseguimos ficar indiferentes!

Neste Natal, se está a pensar em arranjar um animal de estimação, pense em adotar em vez de comprar! Há muitos animais a precisar de uma casa e à procura de um dono. Conheça as nossas histórias, inspire-se e faça como nós: adote!

Carla Macedo, chefe de redação

Eu e o fotógrafo Constantino Leite encontrámos a Sépia quando voltávamos de uma viagem de trabalho a Espanha. Parámos na bomba de gasolina de Serpa e, mal abri a porta, veio ter comigo uma cadela que me pedia com os olhinhos que a trouxesse para casa. Estava subnutrida e tinha levado uma panada de um carro no quadril.

Quando perguntei à funcionária da estação de serviço há quanto tempo a cadela andava por ali, disse-me que havia mais de uma semana. A Sépia entrou no carro como se soubesse que éramos os donos dela. Trouxemo-la para Lisboa (ela só se levantou para ver a luzes da cidade quando vínhamos na Ponte 25 de Abril), ficou em minha casa e tratei dela com a ajuda das veterinárias da União Zoófila.

Vinha tão maltratada que as pessoas me interpelavam na rua, para saber porque é que estava assim. Quando ficou melhor, foi viver com o Constantino, que tem um jardim, recuperou das lesões e tornou-se a cadela mais bonita e mais rápida das redondezas. E fazia parte da família. Entretanto, ela perdeu-se e eu imagino que tenha encontrado outra família que também a trata bem.

Mesmo assim temos esperança de a voltar a ver e por isso pusemos este vídeo online. Sépia, temos saudades tuas! Volta para casa!

Anett Bohme, editora de beleza

Nunca me passaria pela cabeça comprar um animal porque há tantos que precisam de um lar. Além disso, sou completamente contra as puppy-mills, ou fábricas de cachorros, porque as mães vivem em condições absolutamente miseráveis e têm de dar à luz várias vezes ao ano sem o mínimo apoio veterinário. Isto para não falar no apuramento das raças, que pode dar resultados ‘esteticamente interessantes’, mas que muitas vezes cria graves problemas de saúde para estes animais.

Adotei a minha cadela Pepa há 12 anos tinha ela cerca de 1 mês e meio e era tão pequena e subnutrida que cabia na minha mão. Mas passados uns meses deu para ver que iria ser tudo menos um cão pequeno, pois passou a pesar 28 kg e de quadro de miséria passou a bomba de energia ‘pulante’… até hoje!

Sempre tive gatos e quando o último morreu já bem velho, jurei que não queria mais, nunca. Mas, passados uns meses, fui à União Zoófila só para ver se por acaso havia gatos que se dessem bem com um cão e …Saí com dois gatos com cerca de 3 meses que vieram de uma quinta. Muito sossegadinhos, porque estavam assustados, rapidamente revelaram o seu espírito selvagem e demorou meses (a Mimi ainda é work in progress) para ficarem minimamente domesticados. O facto de serem dois é ótimo, para eles, pois passam a vida a correr e a brincar um com o outro. Já com a Pepa é mais complicado porque fazem complot e ocupam ambas as camas dela, ou não a deixam entrar em casa quando ela vem do terraço… de preferência quando está a chover.

Cristina Câmara, gestora de conteúdos online

Sempre tivemos cães em casa, assim, mal tive a minha própria casa, a primeira coisa que quis foi um cão. Comprar nunca foi uma opção para mim. Passei dias e dias a ler histórias no site do canil municipal e de outras organizações. Um dia vi o anúncio de uma feira de adoção e decidi passar por lá. Cheguei quando faltavam cinco minutos para acabar e estavam aqueles cães considerados mais difíceis de adotar: os grandes e os nervosos.

Numa jaula pequenina estava uma bola de pelo cheia de rastas que fazia mais barulho do que os outros todos. Cheguei ao pé dele e disse: “O que é que se passa, meu amor?” Ele saltou-me para o colo e encheu-me de beijos. Teve de ir para casa comigo. Tinha esgana, estava subnutrido, tinha sido maltratado e abandonado, não conseguia estar sozinho com medo do abandono. Agora está gordo, feliz e é parte da minha família.

Susana Ribeiro, designer

Naquela manhã fui passear para o jardim de Oeiras. No jardim estava quase a terminar uma campanha de adoção de animais. Quando lá cheguei, fui espreitar por curiosidade… Lembro-me de que já só restavam dois ou três cães, entre eles a minha cadela. Era tão meiga que comecei a questionar um voluntário sobre o motivo pelo qual não tinha havido ninguém interessado nela, uma vez que era tão dócil. Respondeu-me que o porte grande era um impedimento.

Como ainda vivia com os meus pais, não podia simplesmente levá-la. Naquele dia fui para casa e questionei-os sobre se poderia adotá-la. Depois de uma longa negociação, em tive de me comprometer com as despesas, os passeios e a comida, estava pronta para a trazer para casa. No dia seguinte, liguei para o canil e ficou acordado que iria busca-la no dia seguinte. E assim foi. Quando lá cheguei, estava à entrada amarrada com uma corda a um poste. Foi vacinada e foi-lhe colocado um chip.

Não questionei ninguém no canil sobre o seu passado, achei melhor não saber. Os maus tratos físicos e psicológicos eram visíveis e naquele momento o importante era pensar num futuro melhor para ela, comigo. Oito anos passados, 15 kg ganhos, tem sido de grande lealdade, amizade e dedicação para comigo.

Anabela Oliveira, produtora

Uma tarde, quando me vi a viver sozinha depois do divórcio, eu, que durante a infância e a adolescência, e apesar de ser filha única, só me foi permitido ter grilos, porque era lema da família que ‘animais domésticos em apartamentos não’, resolvi que queria ter um cão. Um cão que passeasse comigo. Fui pesquisar e soube que no dia seguinte havia uma feira SOS animal em Monsanto.

Às 10h da manhã lá estava. Como nunca tinha tido cães e depois de ver que os cachorrinhos eram os mais concorridos, achei graça a uma cadela grande, adulta, que a voluntária Helena me convenceu a adotar. Expliquei que nunca tinha tido cães, que vivia sozinha num apartamento e que trabalhava fora de casa o dia inteiro. Respondeu-me: “Ela vai adorar, e vai adorá-la, pode levá-la à experiência. Está há sete meses no canil, acorrentada num pequeno cubículo. Leve-a, vai ver que não se arrepende.”

E tinha razão, a Helena (dei-lhe o nome da voluntária) está comigo há oito anos, terá agora cerca de 12, e é uma grande amiga e companheira.

Não sabe onde pode adotar? Conheça as associações onde o pode fazer:

Adote-me

Adota-nos

Animalife

Casa dos Animais de Lisboa

Portugal Zoófilo

União Zoófila

Pode ainda ver aqui mais associações relacionadas com adoções de animais, saúde, direitos e proteção dos mesmos. E mais! Ao ligar o 760 50 10 15 está a contribuir com uma dose de ração para um animal abandonado. Contribua e já sabe: não compre, adote!

Imagem de destaque Baby Dior

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