O local escolhido, foi o restaurante O Talho do qual é proprietário. O motivo: a apresentação da nova imagem dos vinhos Grão Vasco.
Não conhecia pessoalmente o chef Kiko e devo dizer que foi uma bela surpresa, apesar de já conhecer a sua história. Antes de assentar arraiais em Lisboa, Kiko Martins passou pelo Cordon Bleu, em Paris, trabalhou nas cozinhas do The Fat Duck, do Ledoyen e do Eleven.
Em 2010, voltou a fazer as malas, desta vez com a mulher, passou por 26 países e sentou-se à mesa com inúmeras famílias. O resultado chama-se Eat the World. Foram todas estas vivências que tornaram Kiko Martins ainda mais apaixonado pela gastronomia e por tudo o que tem a ver com ela.
Chegámos ao Talho eram 10h da manhã. Depois de uma breve visita ao espaço, incluindo a cozinha, começámos a trabalhar. Na verdade, foi o chef quem trabalhou, nós ouvimos tudo com muita atenção para replicar um dia.
Começou com uns Couscous de Courgette, Tomate Cereja e Manjericão, com Peito de Frango Grelhado, Tomilho e Limão. “O caldo nunca leva sal, porque não sabemos quanto vamos reduzir. Cobre-se o couscous com o caldo, cobre-se com película aderente e espera-se que absorva”, explicou. Parece fácil e é, além de muito saboroso.
Segue-se a Salada de Magret de Pato com Laranja, Vermicelli e Gengibre Ralado. Estes são dois pratos pensados para o Grão Vasco Dão 2013 branco. Houve quem durante o almoço os acompanhasse com o tinto e, pelos vistos, não iam nada mal, mas já lá vamos, porque ainda faltam dois pratos: Vitela Maronesa Grelhada com Puré de Batata Noisette e Presunto do Talho. Este prato pede um Grão Vasco Dão 2010 tinto, sem dúvida.
Diria o mesmo para a Alheira Crocante, Arroz Cremoso de Grelos e Compota de Tomate. “Retira-se a pele da alheira, envolve-se na massa kadaif e leva-se ao forno”, mas se não quiser ter este trabalho, saiba que as alheiras com massa são alguns dos produtos que estão à venda n’O Talho.
É hora de nos sentarmos à mesa para o almoço. E aqui são os vinhos que brilham. Os Grão Vasco têm mais de 50 anos de história, por isso, alterar a imagem não seria tarefa fácil.
Se, por um lado, a ideia era conseguir “uma imagem mais elegante e moderna que mereça o aplauso do seu público tradicional”, por outro, era também a de cativar os consumidores “pela notoriedade de um vinho com mais de 50 anos de história e tradição”.
A acompanhar esta mudança está a chegada de uma jovem enóloga, Beatriz Cabral de Almeida, à Sogrape, que considera que os Grão Vasco têm “o perfil e o sabor clássicos dos vinhos do Dão, aliados a uma enorme versatilidade, apresentando-se como opções fáceis e seguras para as refeições do dia a dia”.
Imagem de destaque: Alheira crocante arroz cremoso de grelos e compota de tomate.