Também não é a primeira vez que almoço no L’And. Quando o fiz, Miguel Laffan ainda não tinha ganho a estrela Michelin. Por isso, a minha curiosidade está agora ainda mais aguçada.
Temos a hipótese de optar pelo menu de degustação ou pedir à carta; recorremos à carta. Antes do couvert, chegam à mesa umas amêndoas de caril que são um perigo de tão boas! O pequeno-almoço já lá vai há muito e não comi nada a meio da manhã. Big mistake!
O couvert é diferente do da última vez. Agora, inclui azeite bio (que pode ser aromatizado com flor de sal da Sal Marim), enchido da região, salada de três pimentos e queijo. Opto pelo pão tradicional, não estivéssemos nós no Alentejo.
A vista que temos da nossa mesa é tão relaxante que não apetece sair daqui. Temos o lago e a piscina aos nossos pés e está um dia de sol como já não havia há muito.
A minha entrada chega: salmão da Escócia curado envolto em amêndoas e alga com tártaro e salada de maracujá e funcho. O salmão apresenta-se em dois cilindros perfeitos e o funcho e o maracujá tornam-no ainda mais fresco. Não quero comer nada muito pesado, porque ainda tenho um tratamento de rosto depois do almoço.
Opto pelo peixe: pregado a vapor num caril tailandês com legumes da Quinta do Poial. Assim que li a descrição do prato, pensei… é este! Caril verde, peixe e legumes da quinta do Poial, pareceu-me bem.
De quando em vez, havia uns gnocchi de batata, os legumes estavam crocantes, o peixe no ponto e o caril super-equilibrado. O que posso pedir mais?
A piscina e o lago continuam a flirtar connosco, como quem diz: fiquem, não se vão já embora. Uma panacota de framboesa e rosa com crumble de avelã e manga é-nos apresentada como pré-sobremesa.
Alguns minutos depois, é a vez da sobremesa: brownie de caramelo e chocolate branco e sorbet de yuzu com coulis de frutos vermelhos. Esta é daquelas sobremesas que agradam a gregos e troianos: temos o brownie que é consistente e não passa despercebido, depois temos o sorbet de yuzu com notas cítricas que nos convida a uma próxima colherada.
São quase duas da tarde. O spa chama-nos para um tratamento de rosto. As poucas horas de sono estão à vista. Depois de uma análise ao meu tipo de pele, iniciamos o tratamento. Esfoliação, tonificação e… adormeço.
O ambiente é tão relaxante que convida a isso mesmo. Máscara, hidratação e passo pelas brasas numa questão de segundos. “Agora, ficava aqui o resto da tarde”, pensei. O tempo estava a terminar e tinha mesmo de regressar a Lisboa.
Este dia soube-me quase como uma semana num resort nas Caraíbas. Saí do L’And Vineyards nova e com uma vontade enorme de lá voltar!
Imagem de destaque: L’And Vineyards.