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Um Natal sustentável, com Catarina Barreiros

É um dos nomes que mais associamos quando o tema é sustentabilidade. Autora do projeto Do Zero, um projeto online que engloba uma loja, workshops e até um podcast, Catarina Barreiros pode muito bem ser a pessoa a quem recorrer quando queremos aprender a ter um estilo de vida com menos desperdício.

Foi quando estava grávida que o interesse pelo tema sustentabilidade começou a crescer. Leu, procurou, questionou, e hoje, com mais de 94 mil seguidores no Instagram, é ela quem nos explica o que podemos fazer para cuidarmos melhor da nossa grande casa, o planeta. A LuxWOMAN conversou com a empresária e criadora de conteúdos digitais que nos contou como é o seu Natal, dando excelentes dicas para uma celebração mais sustentável.

O que é para si um Natal sustentável?

Para mim, começa tudo na família. Um Natal sustentável começa nos momentos de partilha. Foca-se no amor, no perdão. Quando temos esses valores bem presentes, são estes os verdadeiros presentes (por mais cliché que soe). Menos consumismo desmedido começa com mais amor em cada partilha, mais intenção ao pensar naquilo que fará a outra pessoa feliz.

Que diferenças encontra entre o seu Natal em criança e o da sua filha, Maria da Graça, de 3 anos?

Fui muito feliz durante toda a minha infância e o Natal não era exceção, claro. Sim, porque adorávamos abrir os presentes, mas as memórias que mais me ficaram foram as de organizar teatros com os meus primos, de fazer a árvore e o presépio com a minha família e de, antes do almoço de dia 25, recolher todo o papel de embrulho e fitas com a minha mãe, para guardar para o ano seguinte. A Graça ainda é pequenina para teatros, mas de resto acho que o Natal dela vai ser muito parecido com os que tive. Talvez com menos presentes (se o resto da família me der ouvidos!) e com uma ceia de Natal de base vegetal. Cá por casa também fazemos as nossas decorações de Natal (apanhamos ramos, fazemos coroas de Natal, fazemos o nosso próprio calendário do advento)… nesse aspeto também é diferente, mas duvido que, com 3 anos, se vá lembrar disto! Talvez nos próximos anos.

Desde que iniciou o projeto Do Zero mudou significativamente a sua forma de estar e de viver. Acredito que também em relação ao Natal muita coisa tenha mudado.

Acho que não mudou muita coisa. O essencial permaneceu o mesmo: os rituais de fazer filhós com a minha avó, o fazer a árvore em família, o espírito de perdão e amor… tudo isso se mantém igual. Mudou a decoração, apenas. O facto de sermos nós a fazer as decorações com o que temos em casa, de oferecermos (e recebermos) menos presentes, de apostarmos em presentes com significado, tantas vezes feitos por nós, assim como os embrulhos. Os nossos são sempre os mais comentados. Fazemos com tudo o que temos em casa, desde papel a tecidos ou sacos e caixas reaproveitados. Não usamos fita-cola (nem nenhum tipo de cola), adornamos com flores ou detalhes feitos por nós. Ficam sempre muito bonitos. Mas também há boas opções para quem não é fã de trabalhos manuais! A Rituals, por exemplo, este Natal criou presentes embrulhados em origamis, para que seja um presente cheio de amor e atenção, porque esta arte dos origamis é basicamente a arte de dobrar papel sem cortar nem colar, o que permite mais facilidade na reciclagem e, claro, como não se tem de rasgar o papel para abrir, pode voltar a ser usado. Além disso as caixas são reutilizáveis e podem ser aproveitadas para criar compartimentos nas gavetas, armazenar utensílios ou guardar recordações e fotografias.

A sua casa ganha uma decoração especial nesta altura do ano?

Sim, e é uma das partes mais especiais para nós, a decoração da casa. Porque efetivamente nos envolve num espírito diferente. Não usamos muitas luzes (até pela poupança energética), mas temos sempre detalhes como as velas do advento em potes reutilizados, a coroa de flores feita por nós. A nossa árvore de Natal era de uma amiga dos meus sogros que a ia deitar fora (e é tão bonita!), os adornos de Natal vão desde bolas que vieram de casa dos meus pais, e eles já não queriam, a poemas que o João me escreveu há uns anos num “calendário do advento de poemas”, até pinhas que apanhamos num parque aqui perto e estrelas feitas de caixas de cartão antigas. Como tudo tem um significado especial para nós, a decoração torna-se mesmo um motivo de orgulho!

Faz-se sempre comida a mais nesta quadra, mas todas as sobras têm a obrigação de serem transformadas ou congeladas!

O que não pode faltar à mesa? Também aqui é possível ser sustentável?

As filhós da minha avó Graça são obrigatórias na mesa, mas tudo o resto fomos adaptando ao nosso estilo de vida. Nunca gostei de borrego, por isso sempre comi os acompanhamentos, como grão com ovo e batata, mas hoje em dia é intencional deixarmos de comer carne vermelha cá em casa. Claro que o resto da família come e faz parte aceitar que cada um pode e deve fazer o que acha bem. No fundo, a mesa de Natal agora tem mais variedade e apresenta mais opções, mas sempre sem julgamento sobre o que cada um escolhe. No entanto, uma coisa é certa: se houver bacalhau, mesmo que não coma, prefiro comprar eu e garantir que é certificado de pesca mais sustentável. E, claro, a regra do resto do ano mantém-se: zero desperdício alimentar. Faz-se sempre comida a mais nesta quadra, mas todas as sobras têm a obrigação de serem transformadas ou congeladas!

Quais as melhores memórias que guarda desta quadra?

Amassar as filhós com a minha avó Graça e colocar o alguidar, perto de uma janela ao sol, envolto em muitas, muitas mantas! E o cheiro das filhós a “crescer” dentro do alguidar… é uma memória muito presente, até porque continua a ser repetida todos os anos.

Também me lembro bem de voltarmos para casa à noite depois da ceia com os tios e primos, porque vivemos todos a apenas alguns minutos a pé uns dos outros. Aquele frio gelado na cara e os casacos quentes… e o chegar a casa e abrirmos UM presente ainda antes de irmos dormir. Era sempre uma algazarra escolher o presente a abrir!

Como se procedem as trocas de presentes dentro do seu seio familiar? Que regras é que utilizam em termos de troca de presentes?

Já há alguns anos que, com a família alargada, fazemos amigo secreto. Cada um tem um presente da família. Faz muito sentido e, até agora, tem-se mantido porque todos achamos que funciona lindamente. Poupamos dinheiro e damos um presente mais especial ao mesmo tempo. Podemos realmente fazer uma pausa para escolher esse presente especial e dar-lhe um verdadeiro significado. Na família mais próxima, fazemos troca de presentes mais tradicionais, sendo que eu e o meu marido escolhemos quase sempre presentes-experiência. Uma ida a um restaurante, uma massagem, um bilhete de concerto ou teatro. Também apostamos em presentes “normais” que sejam mais especiais, ou seja, que se enquadrem na vida e rituais da pessoa a quem oferecemos. Por exemplo: a minha avó tem as mãos mais suaves do mundo, então um creme de mãos de uma marca mais responsável faz-nos todo o sentido. É algo que ela já faz, mas damos um produto melhor e ela vai-se lembrar de nós quando o usar. Ou o meu irmão Pedro, que adora perfumes. Porque não oferecer um perfume com recarga? Tentamos encontrar opções mais responsáveis dentro daquilo de que cada pessoa gosta. Na Rituals encontramos muitos desses exemplos, por ter produtos de utilidade que acabam por ser essenciais para a higiene do dia-a-dia, mas com o bónus de ser uma marca responsável.

Se alguém gosta de plantas, porque não propagar uma planta que tenhamos em casa? Até nos presentes mais banais, como chocolate, podemos fazer a diferença: é tão simples escolher um chocolate certificado de comércio justo

Para não nos afastarmos do verdadeiro significado da quadra como podemos fazer escolhas de presentes mais conscientes?

Acho que é fundamental pensar na pessoa a quem estamos a oferecer o presente. Parece óbvio, mas nem sempre acontece. E, depois, partir daí, pensar em opções mais sustentáveis: se alguém gosta de plantas, porque não propagar uma planta que tenhamos em casa? Até nos presentes mais banais, como chocolate, podemos fazer a diferença: é tão simples escolher um chocolate certificado de comércio justo.

Para quem realmente gosta de mostrar a sua gratidão através de presentes, que dicas daria?

Acho que nada mostra gratidão como dizer que nos lembramos daquilo que a outra pessoa gosta e que pensámos verdadeiramente no que oferecer. Mais ainda: mostrar que apreciamos a pessoa pode passar também por querer que a sua vida, o seu dia-a-dia, seja especial. Gosto muito de oferecer presentes que sejam fáceis de incorporar no dia da pessoa, mas “elevando-o”, ou seja, oferecer alguma coisa que sabemos que a outra pessoa vai apreciar, mas que nunca compraria para si. Tendemos a investir menos em nós do que no que oferecemos a outras pessoas, por isso acho que é bonito fazer alguém sentir-se extra especial e dizer “tu mereces o melhor”. Um presente escolhido com amor e verdadeira atenção faz toda a diferença. Na Rituals, por exemplo, cada ritual conta uma história ancestral do oriente e, nessas histórias, podemos casar o presente com a personalidade da pessoa a quem estamos a oferecer. Por exemplo, a coleção The Ritual of Hammam é ideal para quem adora ir ao spa e nunca tem tempo, pois através da aromoterapia replica essa experiência dentro da nossa própria casa de banho. O The Ritual of Jing ajuda a pessoa a quem o oferecemos a encontrar o seu caminho para uma vida mais relaxante – perfeito para o amigo que vive stressado ou a mãe que anda sempre a mil e nem consegue dormir bem, com todas as preocupações da família em cima. O The Ritual of Sakura, pode ser perfeito para quem quer celebrar um novo começo. E, por aí fora…

E para si, qual o “presente” que tem de ter sempre por perto?

A vela de massagem da coleção The Ritual of Jing. Acho um produto muito completo e espelha bem a ideia dos presentes-rituais que tornam a vida mais especial. Pode servir como vela, mas mais do que isso é uma sugestão de que a pessoa tire tempo para si e que torne o momento de hidratar o corpo num momento intencional, com direito a acender uma vela bonita e perfumada, que aromatiza o espaço e abre espaço a relaxar e apreciar o momento.

Identifica a filosofia da Rituals com a sua filosofia de vida?

Muito mesmo. Na intenção que trabalho por colocar em cada momento. A sustentabilidade trata de equilíbrio. Acredito que esse equilíbrio tem de começar em nós, na nossa vida. E estar presente em cada momento, apreciar os pequenos rituais, ajuda-nos a conhecer-nos e a agradecer o que temos. Quando estamos gratos e felizes, não procuramos o ritmo alucinante e consumista da sociedade em que vivemos.

Coffret The Ritual of Hammam (S) €22,90; Coffret The Ritual of Jing (M) €34,90 e Coffret The Ritual of Sakura (L) €47,90

A coleção The Ritual of Hammam é ideal para quem adora ir ao spa e nunca tem tempo, pois através da aromoterapia replica essa experiência dentro da nossa própria casa de banho. O The Ritual of Jing ajuda a pessoa a quem o oferecemos a encontrar o seu caminho para uma vida mais relaxante – perfeito para o amigo que vive stressado ou a mãe que anda sempre a mil e nem consegue dormir bem, com todas as preocupações da família em cima. O The Ritual of Sakura, pode ser perfeito para quem quer celebrar um novo começo. E, por aí fora…

Todos os produtos mencionados podem ser encontrados numa loja Rituals ou em Rituals.com

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