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Viagem ao mundo da alegria…

Com a missão de levar alegria às crianças hospitalizadas e aos que a rodeiam, a Operação Nariz Vermelho completa 20 anos. Para celebrarmos este marco tão importante, falámos com Luiza Teixeira de Freitas, presidente da Operação Nariz Vermelho.

Luiza Teixeira de Freitas, presidente da Operação Nariz Vermelho

Luiza Teixeira de Freitas, presidente da Operação Nariz Vermelho

Voltando atrás no tempo e à fundação da associação. Como é que surge a iniciativa de a criar?

A Operação Nariz Vermelho nasceu em 2002 com a nossa fundadora Beatriz Quintella, que já trabalhava no Hospital D. Estefânia com o seu Palhaço, a “Doutora da Graça”, mas na altura como voluntária.

Seguindo o exemplo de organizações que viu noutros países, resolveu profissionalizar o trabalho que fazia e fundou a ONV com mais dois colegas.

Atualmente, a ONV conta com 33 artistas a trabalhar em mais de 100 serviços pediátricos de 17 hospitais, de norte a sul do país, sempre com a missão de levar alegria às crianças, aos seus familiares e acompanhantes e aos profissionais do hospital através da arte do Doutor Palhaço.

Fundada pela sua mãe, era expectável para si vir um dia a ser presidente da Operação Nariz Vermelho?

Nem um pouco. Sempre fui muito próxima da causa, acompanhava o trabalho, o crescimento, as ideias, mas não tinha como objetivo ser presidente da ONV. A morte precoce da minha mãe trouxe-me para mais perto, geograficamente e emocionalmente, e senti que, com a minha formação em curadoria, arte e angariação de fundos, havia realmente muito que podia trazer à organização.

De que forma é que a ONV foi evoluindo ao longo dos anos?

A ONV evoluiu de forma ponderada e consistente. Tentamos procurar trazer a excelência para tudo o que fazemos, por isso trabalhamos com muito profissionalismo. Desta forma crescemos apenas quando temos a certeza de que o chão está firme. Tem sido uma bonita caminhada e a ideia é continuar assim.

Durante os anos em que a Luiza tem sido presidente, que momentos é que recorda com carinho?

Assumi o mandato dois meses antes da pandemia, por isso é difícil pensar nestes anos de forma pragmática, pois foram muito atípicos.

Ainda assim, posso dizer que um ponto alto foi sem dúvida o regresso da ONV ao trabalho presencial nos hospitais, depois do afastamento causado pela pandemia.

Depois de tanto tempo de reinvenção, através de projetos como a TV ONV ou o Palhaços na Linha, poder estar de volta, a olhar as crianças e adolescentes olhos nos olhos, não tem preço. Estar a celebrar os 20 anos da ONV é sem dúvida outro momento muito especial.

Hospital Pediátrico Coimbra, Operação nariz Vermelho, 08 de Novembro de 2018, Foto Paulo Maria / INTERSLIDE

Hospital Pediátrico Coimbra, Operação nariz Vermelho, 8 de Novembro de 2018. Foto: Paulo Maria / INTERSLIDE

Como é que é feita a comunicação com os hospitais?

A comunicação com os hospitais é feita através da Relação Hospitalar, que se divide entre a Relação Hospitalar Norte, englobando os hospitais do Grande Porto, Braga e Coimbra, e a Relação Hospitalar Sul, responsável pelos hospitais da Grande Lisboa e Vale do Tejo. As duas profissionais da Relação Hospitalar garantem o diálogo diário e próximo com os profissionais de saúde, coordenando as visitas e residências artísticas dos Doutores Palhaços e a comunicação das iniciativas e projetos da ONV junto de médicos, enfermeiros, educadores, auxiliares e restantes profissionais, e assegurando que os artistas têm as condições logísticas e todos os equipamentos necessários para realizarem o seu trabalho dentro dos hospitais.

E o recrutamento dos profissionais, como funciona?

A equipa da ONV é composta por profissionais com formação específica para o desempenho das suas funções. Tanto os elementos da equipa do escritório, que trabalham na área administrativa, angariação de fundos, comunicação, organização de eventos, relação hospitalar ou investigação científica, através do Centro de Investigação e Pesquisa, como também a equipa artística, que conta atualmente com 33 Doutores Palhaços, coordenados pelo Diretor Artístico. Sempre que há necessidade de aumentar a equipa para corresponder ao ritmo de crescimento da organização, são recrutados novos elementos. No caso da equipa artística, as audições para os Doutores Palhaços abrem periodicamente e sempre que necessário, de forma a poder levar a missão da ONV a cada vez mais hospitais e crianças.

Visita dos Doutores Palhaos ao Hospital Garcia de Orta, Opera‹o Nariz Vermelho, 19 de Maro 2018, PHOTO: Paulo Maria / ONV

Visita dos Doutores Palhaços ao Hospital Garcia de Orta, Operaç㍋o Nariz Vermelho, 19 de Março 2018. Foto: Paulo Maria / ONV

De que formas é que os portugueses podem ajudar a Operação Nariz Vermelho?

Existem diversas formas de apoiar a nossa missão, sendo a consignação do IRS uma das principais. Esta forma de solidariedade social ao alcance de cada contribuinte, que não tem custos associados, é uma das principais fontes de angariação de fundos da ONV, mas os donativos de particulares e de entidades públicas e privadas, a venda de merchandising na nossa Lojinha e a participação da população nas campanhas que organizamos ao longo do ano, como o Dia do Nariz Vermelho, em junho, também permitem angariar os fundos necessários à sustentabilidade do nosso trabalho. Quem quiser informar-se melhor sobre como apoiar a ONV, tem toda a informação no nosso site, narizvermelho.pt, e nas nossas redes sociais.

 Se pudesse descrever estes 20 anos numa frase, qual seria?

São 20 anos a transformar momentos através do humor, a levar alegria onde ela é mais necessária, 20 anos de enormes conquistas e generosidade entre Doutores Palhaços, crianças, famílias e profissionais de saúde.

E para os próximos 20, quais são os planos?

Acima de tudo, que possamos chegar cada vez a mais hospitais, a mais pediatrias, a mais serviços. Que o objetivo seja não haver criança hospitalizada em Portugal que não receba a visita de um Doutor Palhaço. Outro sonho que temos, embora ainda seja apenas uma ideia na qual andamos a pensar bastante, é criar uma Escola de Palhaços para podermos formar mais Doutores Palhaços.

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