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Vinho no Feminino: Elisabete Fernandes

Foi no final dos seus tempos de faculdade, quando se apaixonou pelo mundo dos vinhos. Elisabete Fernandes, nascida e criada sempre em contacto com a natureza, é Diretora de Vinhos do The Yeatman Hotel e tem como missão “dar a conhecer o que de melhor se produz em Portugal, proporcionando uma experiência vínica memorável a todos os nossos hóspedes e clientes”.

A Elisabete Fernandes é…

Nascida e criada sempre em contacto com a natureza, sou uma apaixonada por Portugal, a sua cultura e tradição. Embaixadora de tudo o que de melhor se faz no nosso país, apaixonam-me os vinhos e a comida portugueses. Aprecio a tradição de estar horas à mesa rodeada de produtos de qualidade.

Sou Microbióloga e tenho uma Pós-Graduação em Enologia. Sinto que tenho um talento hospitaleiro. Além disso, tenho um nariz particularmente apurado, sou uma ótima contadora de histórias e tenho dois filhos.

Quando é que se começou a apaixonar pelo mundo dos vinhos?

Desperto para o incrível mundo dos vinhos já no final dos meus tempos de faculdade (Licenciatura em Microbiologia) quando, ao enveredar pelo mundo da investigação na área alimentar, optei por uma área de análise sensorial relacionada com a indústria de vinhos, num dos principais centros de investigação para esta indústria. Foi através da análise sensorial que comecei a olhar para o mundo dos vinhos numa perspetiva totalmente diferente, despertando-me a curiosidade para aprofundar conhecimento sobre todo o mundo que a envolve, nomeadamente o infindável número de estilos, castas, terroirs, regiões vitivinícolas, enologia, arte do seu serviço.

Elisabete Fernandes

Elisabete Fernandes

Que papel desempenha enquanto Diretora de Vinhos do The Yeatman?

Enquanto Diretora de Vinhos no The Yeatman, um hotel vínico de luxo em Portugal, o meu papel e missão é dar a conhecer o que de melhor se produz em Portugal, proporcionando uma experiência vínica memorável a todos os nossos hóspedes e clientes.

É minha função dinamizar um programa interno de vinhos que implica gerir mais de 100 parceiros vínicos associados ao Hotel, vários eventos temáticos para a sua promoção; gerir uma garrafeira com aproximadamente 1300 referências e 30 mil garrafas; desenhar as cartas de vinho de acordo com cada espaço do hotel, seja ele o Dick’s Bar & Bistro ou o nosso restaurante com duas estrelas Michelin (o Restaurante Gastronómico do The Yeatman).

Enquanto responsável deste departamento é também meu papel garantir que cada hóspede e cliente encontre no The Yeatman a elevação da sua experiência através do contacto com os melhores vinhos portugueses, indo ao encontro das suas expectativas. Nada seria possível sem uma consistência de serviço que só é possível através de uma escola de vinhos interna – The Yeatman Wine School – onde é nosso objetivo formar Sommeliers de acordo com os nossos standards, visão muito particular deste projeto.

Para si, o que faz um bom vinho?

Um vinho tem que obviamente ter, determinadas características organoléticas e de qualidade, que a meu ver são incontornáveis para o considerar um vinho de qualidade. Diz-me a experiência que a caracterização “bom vinho” está muito mais diretamente relacionado com o contexto e ocasião em que é bebido, do que com qualquer outro fator de avaliação.

Enquanto mulher, sente que alguma vez a trataram de forma diferente nesta área profissional?

Esta é uma área onde as mulheres começaram a ganhar notoriedade, no entanto e felizmente, neste meu percurso posso dizer que não senti qualquer tratamento diferenciado.

Portugal oferece qualidade a baixo preço?

Efetivamente em comparação com vinhos de outros países com maior tradição na divulgação das suas marcas e do seu produto, apresentamos uma relação qualidade preço imbatível.

Temos pouca ‘reputação’ no estrangeiro? O que deve ou pode mudar?

Portugal enquanto país que comercializa vinhos de mesa de qualidade, tem um histórico relativamente pequeno neste espaço mediático internacional, pelo que, não diria “pouca reputação”, mas sim, desconhecimento geral sobre vinhos portugueses. Efetivamente há um trabalho comercial e de marketing que está a ser feito e que acima de tudo deve ter continuidade. Deve ser dado tempo para alavancar as várias referências e a marca: vinhos portugueses sinónimo de produtos únicos, exclusivos e de muita qualidade. Há marcas e produtores que já conquistaram o seu lugar, transformando-se em verdadeiras âncoras neste trabalho de divulgação, no entanto precisamos de tempo e de um trabalho de divulgação consistente com uma linguagem eficaz. O tempo e a consistência serão sempre os nossos maiores aliados, sendo que a prova viva disso mesmo é o Vinho do Porto cuja elevada reputação é reconhecida nos vários pontos do planeta, graças a um trabalho de divulgação, comercialização e a uma cultura que foi criada durante séculos.

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