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Carolina Deslandes na primeira pessoa

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Sempre soube que queria ser artista. Artes plásticas, cinema, escrita… A expressão criativa sempre a fascinou, mas foi no mundo da música que encontrou o seu habitat natural.

Cantava em bares quando entrou no concurso ‘Ídolos’, na quarta temporada, em 2010. Não ganhou, ficou em terceiro lugar, mas admite que foi “um passo importante e um salto” na sua carreira.

Em 2012 juntou-se à editora Farol Música e gravou o seu primeiro registo de estúdio, um disco homónimo. ‘Não é Verdade’ foi o primeiro single de sucesso. Agora edita um novo álbum, ‘Blossom’, do qual já saíram sucessos como ‘Mountains’ e ‘Carousel’.

Eis a artista, na primeira pessoa:

Como é que foi o seu início de carreira?

Comecei por escrever antes de cantar, sempre tive um fascínio pelas artes, pelo mundo artístico, tanto pela pintura como pelo cinema, como pela escrita… A minha mãe diz que já sabia que eu era artista, desde que eu era pequena! Não sabia necessariamente para que lado das artes é que iria enveredar [risos], mas sabia que sempre tive mais tendência para as artes do que para as coisas racionais.

Tem formação ligada às artes?

Tirei o curso de Línguas e Literatura na Universidade Clássica de Lisboa. Depois estudei Vocals na London Music School, durante seis meses. Portanto, aquilo que eu sei é um bocadinho porque sou autodidata. Aos 12, 13 anos, comecei a cantar e formei uma banda. Aos 15, gravei a minha primeira música, que ainda está no Youtube, infelizmente! [risos] Estou a brincar, é uma música engraçada… Com 18 anos entrei para o ‘Ídolos’, depois fui para Londres, a seguir gravei o primeiro disco e agora o segundo.

Tocava só em casa? Ou em bares, também?

Comecei com atuações em bares e cafés, com atuações mais rústicas, com músicas que compunha e covers. Sempre gostei muito de cantar covers, nunca tive problema nenhum em cantá-los, adoro. Principalmente, de pegar em temas mais eletrónicos ou raps, algo que as pessoas não estejam à espera, e fazer um arranjo com uma guitarra ou com um piano. Sempre foi uma coisa que me divertiu e que me desafiou!

E porquê a música como arte?

Não sei. Eu costumo dizer que a música escolhe um bocadinho as pessoas, principalmente os cantores. Houve um dia em que percebi que sabia fazer isto e não sei como… Abri a boca e comecei a cantar [risos]. Portanto, acredito que é um bocadinho ao contrário, eu acho que a música escolhe as pessoas, e quando damos por isso já estamos completamente envolvidos!

Os artistas queixam-se muito dessa inconstância, mas nós também gostamos, há qualquer coisa que nos dá gozo em viver este estilo de vida, o incerto, o mistério, o desafio…

Tem uma sonoridade nos seus discos que diverge um bocadinho do atual panorama musical. Porquê?

Quando vivi em Londres, comecei a ouvir bandas como Disclosure e Rudimental, era o que se ouvia lá. E comecei a pensar: “Isto é um grande som e a letra é incrível e a pessoa que está a cantar é incrível!” O Sam Smith aparece com os Disclosure, a dada altura…E comecei a ficar intrigada com aquele género de sonoridade. Nisto, a Sia, que é uma artista que eu já sigo há imenso tempo e que sempre teve também álbuns muito mais orgânicos, começa a enveredar por esta onda eletrónica e vem também o ultimo álbum da Beyoncé, que mudou completamente a minha forma de compor. E, de repente, comecei a sentir vontade de fazer uma coisa diferente, comecei a ver o hip hop a casar um bocadinho com esta vertente eletrónica e despertou-me muita curiosidade. Pensei: ‘Por que não fazemos já qualquer coisa assim em Portugal em vez de estarmos à espera que não seja novidade lá fora?’ E arrisquei. E parece ter resultado.

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