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Contracetivos: prós e contras

No Dia Mundial da Contraceção, relembramos as vantagens e desvantagens de cada método.

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Dispositivo intrauterino, com cobre (D.I.U.)

O que é? Dispositivo para ser colocado por um médico dentro do útero da mulher, com uma matriz plástica, libertando cobre para uma utilização contínua durante 5/10 anos. Pode ser usado por qualquer mulher independentemente da sua idade ou de já terem tido filhos ou não.

Vantagens:

– É desprovido de hormonas e, portanto, não acarreta os riscos/receios associados aos métodos hormonais;

– Ótima eficácia

– É de baixo custo para um método contracetivo de longa duração;

Desvantagens:

– Em algumas mulheres, está associado o aumento do fluxo menstrual, maior desconforto na menstruação e, por vezes, um maior risco de anemia; aumento do corrimento vaginal, pequenas perdas de sangue ao longo do ciclo;

– Há o risco de se poder deslocar dentro do útero;

Advertência: não deve ser utilizado em doentes com antecedentes de doença inflamatória pélvica (DIP) ou de gravidez ectópica. Doentes medicadas com imunossupressores ou anti-inflamatórios por períodos prolongados devem preferir outro método de contraceção.

Sistema intrauterino libertador de hormona (S.I.U.)

O que é? Dispositivo para ser colocado por um médico dentro do útero, com matriz de plástico, em forma de T. Liberta uma hormona e tem uma eficácia contracetiva de 3 ou 5 anos. Pode ser usado por todas as mulheres independentemente da idade e de já terem tido filhos ou ainda não.

Vantagens:

– A hormona vai atuar preferencialmente dentro do útero;

– Ótima eficácia (99%), maior do que os dispositivos com cobre, havendo menor ocorrência de deslocação;

– Boa tolerância, com baixa incidência de efeitos secundários e de queixas adversas hormonais;

– Provoca menstruações com menor fluxo, menos dores na dependência do ciclo menstrual e menor risco de anemia. Muitas utilizadoras do sistema de 5 anos, durante o seu uso, ficam totalmente sem período (amenorreicas).

Desvantagens:

– Numa minoria de doentes mais sensíveis a ações hormonais, pode haver mais acne, cefaleias e dor mamária, nomeadamente nos primeiros 3 a 6 meses de utilização

– a colocação obriga a uma observação ginecológica e pode provocar algum desconforto/dor.

Implante subcutâneo libertador de hormona

O que é? Bastonete flexível, de um polímero macio, radiopaco com 4 cm de comprimento e 2 mm de espessura. É colocado pelo profissional de saúde superficialmente debaixo da pele (zona subcutânea) após uma pequena anestesia do local. O implante liberta uma hormona progestativa, de forma continua, para oferecer uma ótima eficácia, ao bloquear a ovulação.

Vantagens:

– É um dos métodos de planeamento familiar mais eficaz, mesmo mais eficaz que a laqueação das trompas;

– Pode ser utilizado por um grande número de mulheres (nomeadamente as que não desejam o dispositivo/sistema intrauterinos);

– Fácil inserção e remoção: o procedimento é simples, rápido e praticamente indolor.

– É recomendado também para mulheres muito jovens por não interferir com a ocorrência do pico de massa óssea;

Desvantagens:

– Associa-se a um padrão de hemorragia genital que pode ser variável no tempo e imprevisível (cerca de 20% das mulheres poderão ter perdas hemorrágicas irregulares);

– Algumas mulheres mais sensíveis às ações hormonais poderão apresentar queixas de edemas, dor mamária, cefaleias e aumento de peso;

Advertência: é importante uma consulta aos três meses após a inserção do implante, como com os outros contracetivos hormonais, para se avaliar a existência de queixas ou efeitos adversos e confirmar que a mulher se encontra satisfeita com o uso do método.

Métodos de esterilização: (laqueação das trompas e vasectomia)

O que são? Métodos definitivos, irreversíveis, que obrigam a uma pequena intervenção cirúrgica. Existem diversas técnicas cirúrgicas para efetuar uma laqueação tubária que pode ser efetuada quer por uma técnica laparoscópica (pequenos orifícios ao nível do umbigo e na região abdominal inferior) ou por histeroscopia (usando a via vaginal), para evitar o mínimo de desconforto à mulher e garantir um tratamento em ambulatório, evitando o internamento hospitalar.

A vasectomia é um procedimento simples com laqueação e secção dos canais deferentes no homem, efetuada também em regime de ambulatório e até com maior facilidade e menos riscos que os métodos de esterilização cirúrgica na mulher.

Vantagem:

– Efeitos indesejáveis mínimos;

Desvantagem:

– O seu carácter irreversível, levantando a questão da possibilidade de surgir um arrependimento por parte da mulher, que poderá ocorrer se houver mudança do núcleo familiar, por exemplo.

Em colaboração com Vítor M.M. Gomes, médico obstetra-ginecologista.
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