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“Encontros Peculiares” já está aberta ao público no Espaço Espelho D’Água

“Eu pinto para fazer conexões com o mundo exterior”, diz Nina Govedarica, artista croata radicada em Portugal, que está a inaugurar a sua exposição no Espaço Espelho D’Água, em Belém.

A mostra “Encontros Peculiares” baseia-se no conceito de que tudo tem uma razão no enquadramento das relações humanas. Essencialmente, trata-se do diálogo e da comunicação, fatores cruciais para a evolução da sociedade. Cada pintura é a própria história, inspirada principalmente em alguns eventos ou relações. Nina tenta perceber as razões e ver para além do comportamento óbvio, respeitando as camadas e nuances complexas da humanidade.

Ao todo, são 28 obras, das quais Nina destaca “Alegria da pesca”, um trabalho executado ao longo de dois meses; “Enquanto estavas a dormir”, pintura feita para ilustrar o poema que escreveu durante a pandemia, uma vontade de superar o mal-estar e o pessimismo em que todos estavam mergulhados; e  o quadro “Sedução”, um ponto de mudança em termos da paleta, maturidade e confiança da artista. “Dos trabalhos expostos a ‘Alegria da pesca’, levou mais tempo para ser terminado. Foram dois meses para terminar uma versão inicial, passados dois anos fiz algumas alterações”, revela.

“Enquanto estavas a dormir”, de Nina Govedarica

“Enquanto estavas a dormir”, de Nina Govedarica

Nina gosta de usar tintas acrílicas, pela versatilidade, flexibilidade, rapidez de secagem e cheiro mais suave, em comparação à tinta a óleo. “E muitas vezes prefiro trabalhar sobre papel, porque permite-me expressar melhor as ideias e também porque gosto de sentir sua textura”, explica.

 O público poderá conferir a explosão de cores fortes e impactantes de suas criações, que refletem a tentativa de criar uma nova dimensão e interpretar o mundo com poucos elementos reconhecíveis. Cores que se relacionam diretamente com o estado de espírito e intuição de Nina. “Provavelmente as cores que utilizei mais durante alguns anos foram cores quentes, vermelhos, laranjas, amarelos. A minha intenção para os próximos trabalhos é atenuar um pouco esta paleta forte e ir substituindo por uma mais suave”, adianta a artista.

A exposição tem entrada gratuita e ficará aberta ao público até o dia 2 de julho, no Espaço Espelho D’Água.

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