[wlm_register_Passatempos]
Siga-nos
Topo

HUMANIZAR: Gestão de Pessoas

Artigo de Opinião de Susana Garrett Pinto

O responsável pela gestão humana trabalha para a empresa ou para as pessoas da empresa que representa? Com reuniões intermináveis, muitas delas para processos de recrutamento, instala-se uma verdade inconveniente: o departamento de recursos humanos mantém-se sem foco na gestão de pessoas para gerir processos.

A gestão humana, que deveria ser o coração pulsante para o desenvolvimento humano dentro das empresas, tornou-se uma fonte de burocracia, atolada em tarefas operacionais que, ironicamente, pouco têm a ver com o fator humano. Esta sobrecarga limita a visão estratégica do departamento, a par do objetivo primário da existência do mesmo, reduzindo-o a uma fonte de aumento de despesa.

Um dos maiores problemas atualmente enfrentado pelas empresas de forma transversal é a falta de vinculação dos colaboradores. Será uma inevitabilidade face à forma de estar e ser no presente das novas gerações? Ou será que, por outro lado, não estamos a conseguir reagir às transformações do mundo VICA* em que trabalhamos (* acrónimo para Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo)?

Existe hoje, e em grande parte do tecido empresarial, uma enorme acumulação de tarefas operacionais por parte dos responsáveis de recursos humanos, com o processamento de salários, a necessidade permanente de recrutamento e consequente conformidade legal e formação básica para a integração na empresa, por exemplo. O que a meu ver se reflete na ausência de visão e na definição de objetivos concretos no âmbito do desenvolvimento humano, bem como na transmissão de um sentido de propósito, o que acaba por resultar de forma inevitável na falta de vinculação dos colaboradores.

É, a meu ver, fundamental considerarmos a possibilidade de criação de um conceito de Departamento de Recursos Humanos e Desenvolvimento, que seja uma força para o crescimento das pessoas dentro da empresa. Este passo exige coragem e determinação para romper com modelos antiquados e para abrir espaço para uma nova forma de gerir pessoas, que priorize a humanização do trabalho. É que sem uma estratégia clara de desenvolvimento humano, a empresa perde a sua cultura e identidade e, com isso, a capacidade de gerar e manter laços emocionais e profissionais duradouros com as suas pessoas.

Hoje, as pessoas dificilmente se vinculam apenas ao salário. Se tiverem escolha, vinculam-se ao propósito, aos desafios de uma visão partilhada, a oportunidades de crescimento e a uma cultura organizacional que as reconhece e valoriza.


Artigo de Opinião de Susana Garrett Pinto

Susana Pinto_by THF

Empreendedora Social, Fundadora e CVO by THF

@byTHF.pt

Veja mais em Opinião

PUB