Forma os MESA, com JP Coimbra, e está de regresso aos palcos, para celebrar os 20 anos do disco homónimo. Os concertos de celebração, em 2025, onde o duo irá passar pelos inúmeros temas intemporais do projeto, estão marcados para duas salas icónicas do país: Casa da Música (7 de maio) e Lux Frágil (15 de maio).
Nasceu no Porto, numa família de cinco irmãos. Os pais, ligados ao mundo das artes, cedo lhe abriram a curiosidade para um caminho de descoberta. Decorria o ano de 2001, quando conheceu João Pedro Coimbra e, com ele, fundou o projeto MESA, sendo a cara e a voz da banda por uma década. O álbum de estreia, ‘MESA’, em meados de 2004, com excelentes críticas da imprensa nacional, fez com que o grupo fosse considerado um dos projetos mais promissores do panorama da música nacional. Com um percurso sempre dedicado à música, com inúmeros trabalhos em nome próprio, volta a encontrar-se profissionalmente com João Pedro Coimbra, em 2024, e surge a vontade de comemorar o 10.º aniversário do álbum de estreia. Os concertos de celebração acontecem este ano. Na Casa da Música, no Porto, dia 7 de maio, e Lux Frágil, em Lisboa, 15 de maio.
MÓNICA FERRAZ, EM ENTREVISTA
Como foi integrar um projeto como os MESA?
Inicialmente, quando se integra um projeto, não existe a consciência exata daquilo que virá a ser o futuro. O projeto MESA apareceu num momento da minha vida em que eu tinha uma carreira apontada para o jazz. Toda a minha formação académica estava a ser desenvolvida nesse sentido, na Escola de Jazz do Porto. Em simultâneo, tinha aulas de canto lírico, em Lisboa, com o professor Rui di Luna, um cantor lírico português brilhante. Essas bases jazzistas e líricas foram extremamente importantes para aquilo que sou hoje, enquanto construção artística. No entanto, sempre tive uma paixão muito grande por música eletrónica, então o projeto MESA apareceu na altura certa. A proposta de integrar o projeto foi num momento em que tudo mudava, inclusivamente, nas rádios portuguesas (a cota de música portuguesa começou a ter mais espaço em airplay). Era um momento de viragem. E assim tudo se alinhou, de forma perfeitamente natural.
Em 2012, a Mónica saiu dos MESA. Que outros projetos abraçou?
Abracei e continuo a abraçar dois dos maiores projetos da minha vida. O primeiro e o maior de todos, o meu filho, Ian, sempre presente em tudo o que faço; e o segundo, a minha carreira a solo como compositora. A maternidade…
