Atualmente sediada em Cascais, a Ophelia nasceu em 2019, na Guarda, em outro formato. Inicialmente, era uma empresa de eventos focada em serviço de catering, mas com a pandemia, os serviços programados foram cancelados e Isabel Luís Gaspar viu a necessidade de encontrar outro caminho.
Como alternativa, começou a fazer entregas ao domicílio de Kit’s e brunchs. Foi nesta altura que sentiu que tinha de passar de autodidata a profissional na área. “Frequentei o curso de Gestão e Produção Alimentar na Escola de Estoril. Posteriormente, consolidei conhecimentos, durante cerca de dois anos na área, passando por algumas cozinhas”, afirma.
Quando sentiu mais segurança e confiança, decidiu retomar o projeto numa nova morada e com um novo formato. Nasceu assim, em Cascais, o espaço Ophelia.
Ophelia
Assente nos pilares “Comer, Sentir e Desfrutar”, a Ophelia é para “todos aqueles que apreciam boa comida, um ambiente bonito e florido ou uma esplanada solarenga”. Além disso, Isabel afirma que os amigos de 4 patas também são bem-vindos. No fundo, ninguém fica de fora.
Diferente dos demais, aqui encontra um menu que oferece comida com base em técnicas não industrializadas, dando primazia a corantes e conservantes naturais, mas não desprimorando o sabor e apresentação. “Somos sensíveis e preocupados com a sustentabilidade ambiental, a redução da nossa pegada ecológica, analisando formas de redução de resíduos”. Privilegia-se, assim, produtos frescos, locais e regionais da Beira Interior, como o “Vinho Dão, o queijo da serra e o azeite de montanha“.
O best-seller é “sem dúvida” a pavlova, mas Isabel sugere que prove outras iguarias igualmente deliciosas. Para almoçar, a sugestão é o prato “aquece o coração” (queijo brie no forno, avelãs, cogumelos selvagens, mel e tomilho), ideal para partilhar, uma tosta de pão brioche com abacate, queijo halloumi, bacon e cebola crocante ou uma Burrata Capresse ( tosta de pão torrado, presunto di parma, queijo burrata com tomate cherry marinado). Para os amantes de doces, estão sempre disponíveis as mini pavlovas de sabores diferentes, as panquecas churro e red velvet, “que já são um sucesso”, e o bolo de chocolate.
Localizada na Rua Rosa Parracho 27, no Bairro do Rosário, em Cascais, está aberta de terça a domingo, das 9h às 19h.
Por detrás de um grande projeto, está uma grande mulher
Isabel Luís Gaspar, 28 anos, nasceu e foi criada na cidade mais alta de Portugal – Guarda. Aos 18 anos, saiu de casa para estudar Comunicação Social em Lisboa, curso que afirma lhe ter dado “armas para enfrentar o dia a dia”. Aos 26 anos entrou no curso de Gestão e Produção Alimentar, que lhe “deu ferramentas para enfrentar a cozinha”.
Arrumada na sua desorganização, adora “mexer em gemas, claras, chocolate, farinhas, varas e ver o resultado final”. Honesta, sensível e bem-humorada, só precisa de uma boa volta de bicicleta e um bom mergulho no mar para descontrair. “Sou sonhadora, muito! Sonho em multiplicar a Ophelia pelo mundo!”
Com a certeza de que não se via atrás de uma secretária, com um trabalho rotineiro, Isabel nunca pensou que queria ser empreendedora. Ou talvez, nunca lhe tivesse atribuído um nome… O apoio da sua família esteve sempre presente e essa confiança, que lhe depositaram, resultou na abertura da Ophelia: “Senti que quando partilhava esta ideia com a minha família que teria o seu apoio. E assim foi. Aproveitei a confiança depositada e abri a Ophelia”.
Sem aviso, de forma inesperada, a Pandemia veio trazer os primeiros obstáculos. Isabel viu-se obrigada a encontrar alternativas e a lidar com as adversidades. “Era o meu primeiro sonho e inesperadamente encontrei obstáculos com os quais não contava e não estavam previstos”. Adaptou-se e diz estar “muito feliz por este percurso e pela forma como a Ophelia se transformou”.
Enquanto empreendedora, as suas maiores preocupações são a sua equipa, pois sente-se responsável por ela e “não quero por nada dececioná-los”, e o medo de ser “mais do mesmo”, pois quer surpreender sempre quem visita a Ophelia.
E o que é que o futuro reserva?
Para o futuro, Isabel, sem grandes hesitações, diz querer “multiplicar a Ophelia pelo mundo”.
