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Percevejos-de-cama ou Percevejo-asiático: as diferenças e o que fazer para lidar com estes insetos

Em outubro, circulava, nos meios de comunicação, a notícia de que em França uma praga de percevejos tomava conta da capital. Estavam por todo o lado, desde as salas de cinema aos transportes públicos. Por cá, os moradores da freguesia de Creixomil, em Guimarães, também se queixavam do mesmo. Embora, um mês depois, não saibamos o estado da situação, fomos saber mais sobre estes insetos e o que fazer para prevenir e acabar com esta praga. Para tal, falámos com Liliana Raposo Pires, Bióloga e Country Manager de Portugal e dos países lusófonos da Mylva .SA – uma empresa familiar que, há mais de 30 anos, fabrica, desenvolve e inova no sector dos biocidas para o controlo de agentes nocivos.

Liliana Raposo Pires, Bióloga e Country Manager de Portugal e dos países lusófonos da Mylva .SA

Liliana Raposo Pires, Bióloga e Country Manager de Portugal e dos países lusófonos da Mylva .SA

São os percevejos encontrados em França iguais aos encontrados em Portugal, principalmente em Guimarães? 

Não, a espécie encontrada em Guimarães não é a mesma que assombrou a França. Falamos de percevejos-de-cama e de percevejo-asiáticos. 

Como se distinguem?

O percevejo-cama é um inseto pequeno, do tamanho de uma semente  com cerca de 5 a 7 mm de comprimento, da família Cimicidae. O seu formato é habitualmente oval e achatado, mas torna-se mais cilíndrico após este se alimentar de sangue humano. É muito semelhante a uma pulga, e não tem asas.

Já o percevejo-asiático, ou Halyomorpha halys, é uma espécie inofensiva, uma vez que só suga seiva de plantas e frutos. Apesar de não representar perigo para as pessoas, nem para os animais, pode ser um problema para os produtores de árvores de fruta. Este não morde, não pica, não suga sangue e nem transmite doenças. Apenas exala um cheiro forte e desagradável.

Onde é que os podemos encontrar nas nossas casas?

Contrariamente ao que se possa pensar, o aparecimento de percevejos não está relacionado com falta de higiene. Estes insetos podem aparecer em qualquer parte do mundo e desenvolvem-se mais em espaços escuros. Por isso, os quartos, as camas e as salas de estar com sofás são, geralmente, os mais afetados por esta praga.

Estes surgem, por exemplo, através das costuras e dobras de malas, roupas de cama ou móveis e importação de máquinas agrícolas vindas de outros países, onde a praga invasora tem provocado bastantes prejuízos.

Que cuidados devemos ter?

Mude os lençóis da cama com maior frequência, uma vez que estes insetos gostam de habitar em ambientes húmidos e pouco arejados. Lave a roupa de cama, almofadas e as colchas a 60 graus ou mais para eliminar percevejos e possíveis ovos. Ao voltar de viagem, tenha o cuidado de lavar e limpar a mala. 

Tenha em atenção que por serem muito pequenos, terem hábitos noturnos e se esconderem nos colchões das camas, estes podem passar despercebidos por muito tempo, já que a sua picada pode ser facilmente confundida com as de mosquitos ou pulgas.

O que pode ser feito para acabar com esta praga?

Caso as infestações sejam grandes, deve contratar uma empresa de controlo de pragas.

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