Quando recebi o convite para passar um dia no L’And, não pensei duas vezes. Regressei há muito pouco tempo de licença de maternidade. Poder passar um dia num resort no meio do Alentejo, usufruir de dois tratamentos de spa e almoçar no restaurante de Miguel Laffan pareceu-me mais do que uma excelente ideia.
A chegada estava marcada para as 10 horas. Sair de Lisboa uma hora antes seria mais do que suficiente, e foi! O mais engraçado é que, quando deixamos a A1 e entramos na A6, em direção a Montemor, começamos a sentir o cheiro do Alentejo. Aos poucos, o nosso cérebro começa a deixar para trás a confusão de Lisboa e a desligar lentamente do stress.
No hotel, já estão à nossa espera, mas, como o spa é só às 11h, aproveitamos para tomar um chá e perceber que a palavra de ordem é mesmo relaxar, ou não estivéssemos no coração do Alentejo.
Não é a minha primeira vez no L’And, mas também não me canso de ver cada pormenor do design de interiores assinado por Marcio Kogan, em que a pedra natural, a ardósia e a madeira vivem lado a lado.
No L’And, o luxo é discreto. Por isso, merece toda a nossa atenção, como o banco de madeira de George Nakashima, que está mesmo aqui ao lado. No entanto, se tivéssemos de eleger os objetos mais fotografados e instagramados do hotel, não teríamos dúvida em afirmar que são os candeeiros de Tom Nixon, que nos recebem na receção e nos acompanham até ao restaurante.
São quase 11h e já estão à nossa espera no spa. A massagem que vamos fazer chama-se Divina, e o nome parece-me logo bem. Percebo, entretanto, que o nome tem a ver com o óleo utilizado, o óleo divino da Caudalie.
Feito com óleos essenciais de uva, hibisco, sésamo e argão, este é um óleo seco que hidrata, nutre e sublima a pele. Já lá vamos! Antes da massagem, é preciso preparar a pele com o esfoliante divino (com cristais de açúcar escuro e óleos vegetais). A ideia é retirar as células mortas e preparar o corpo para receber o óleo de massagem.
Ainda na esfoliação, já estou quase a adormecer. Duas manhãs a acordar às seis e a amamentar de três em três horas… Preciso de algum descanso, e este sabe-me pela vida! Ainda bem que tenho de ir ao duche para retirar o esfoliante. Desperto por uns momentos e a minha pele está lisa, nada oleosa e com um toque de seda.
A massagem é mesmo divina, precisava de uma destas dia sim, dia não, mas OK, voltemos à realidade.
Assim, num abrir e fechar de olhos, passou uma hora… A ideia é almoçarmos de seguida. O restaurante fica no piso de cima, mesmo ali ao lado.