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Violência psicológica é mais frequente do que a física, alerta Ordem dos Psicólogos

A propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que se assinalou ontem, a Ordem dos Psicólogos Portugueses lançou Checklist e Perguntas e Respostas Sobre Violência Emocional e Psicológica

A Ordem dos Psicólogos Portugueses lançou, no âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que se assinalou ontem, a Checklist “Estou a ser vítima de Violência” e o documento “Perguntas e Respostas Sobre Violência Emocional e Psicológica”, que esclarece, de forma detalhada, o que é a violência psicológica, como identificá-la, quais os sinais de alerta, quem pode ser vítima ou agressor e que passos podem ser dados para procurar apoio ou ajudar alguém.

Segundo a entidade, existem quatro formas de violência: física, psicológica, sexual e financeira. A psicológica é mais frequente do que a física, e “não é uma forma menor ou mais leve de violência”. Para uma relação ser violenta ou abusiva, “não é necessário que a violência física esteja presente”.

Como sei se estou a ser vítima de violência psicológica?

A violência psicológica corresponde a um “conjunto de atos verbais ou não verbais, isolados ou repetidos, utilizados de forma intencional para causar dano e sofrimento emocional”, explica a Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Há muitas formas de exercer violência psicológica, incluindo, entre outras: chamar nomes/insultar, humilhar ou criticar de forma destrutiva a competência, inteligência ou carácter, gritar, ameaçar ou usar o tom de voz como forma de intimidação, destruir ou tornar inacessíveis objetos com valor afetivo para a vítima, ignorar, excluir ou menosprezar, usar um discurso culpabilizante, controlar financeiramente, revistar e controlar objetos pessoais e tentar isolar a vítima de familiares, amigos ou de outras pessoas. 

O elemento comum aos diferentes comportamentos de violência psicológica é a tentativa de diminuir e controlar o outro, seja através da humilhação, do medo, da manipulação ou do isolamento”, destaca o documento.

Quais são os sinais de alerta para violência psicológica? 

Frequentemente, a violência psicológica acontece de forma subtil. Pode ser difícil de reconhecer e detetar. Por vezes, acontece apenas quando o agressor e a vítima se encontram a sós, tornando difícil apercebermo-nos do que está a acontecer. Outras vezes, pode acontecer em público. Nestas situações, é comum que, quem observa, não reaja a essa situação – são os chamados observadores passivos. Isto acontece ou porque não identificam de imediato os comportamentos como sendo violentos, porque desvalorizam a situação, porque preferem não se envolver (“vou criar aqui uma situação e a pessoa ainda pode agredir-me a mim”), ou porque há uma difusão de responsabilidade (“se calhar alguém já falou com ele/ela”).

É importante não cair na armadilha de pensar “não é assim tão mau” e minimizar o comportamento do agressor. Não raras vezes, a própria vítima procura justificar e desculpar o comportamento do agressor, atribuindo a si própria (às suas características e comportamentos) a responsabilidade pelas condutas violentas de que é alvo ou justificando os comportamentos com fatores “externos” ao agressor (por exemplo, consumo de álcool ou problemas laborais).

As vítimas de violência psicológica podem não ter uma única nódoa negra. As suas “feridas” são invisíveis e igualmente dolorosas, afetando negativamente o bem-estar e a Saúde Psicológica. As vítimas de violência psicológica podem desenvolver, sobretudo a médio e longo prazo, problemas de Saúde Psicológica, incluindo, perturbações da ansiedade, depressão, perturbações alimentares, comportamentos auto lesivos ou tentar o suicídio.

O que fazer quando se está numa situação de violência psicológica?

Se sentir que a sua vida corre perigo, deve LIGAR 112. Se sentir que precisa urgentemente de falar com alguém, pode LIGAR 808 24 24 24, opção 4 (Linha de Aconselhamento Psicológico do SNS 24).

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