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Há novos zombies a invadir a TV

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As séries de zombies continuam a acompanhar as noites televisivas e, na madrugada que passou, de dia 23, chegou mais uma. ‘Fear the Walking Dead’ estreou em simultâneo em Portugal e nos EUA e promete agarrar os fãs nas próximas seis semanas.

Quem já acompanhava ‘The Walking Dead’ vai conseguir reconhecer o universo desta minissérie do canal AMC (disponível no MEO e na Cabovisão), que repete o primeiro episódio hoje, 24 de agosto, pelas 22h30.

Todos os domingos, com repetição à segunda-feira, durante seis semanas, poderá acompanhar o período anterior a ‘The Walking Dead’, ou seja, o que se passou antes do apocalipse zombie, através do olhar de uma família disfuncional de Los Angeles.

A série ‘Fear the Walking Dead’ é protagonizada por Kim Dickens, no papel de Madison Clark, a matriarca da família central da história, e Cliff Curtis, como Travis, o namorado de Madison. Os dois explicam-nos o que podemos esperar da série e das suas personagens.

Kim Dickens (como Madison Clark)

Como é que se envolveu na série?

Fui para a audição sem saber nada sobre ‘The Walking Dead’. Conhecia a sua popularidade, mas ainda não tinha visto a série. Fui chamada e perguntei o que deveria ver para me preparar, e os produtores disseram: “Nada. Não veja ‘The Walking Dead’!”

Acha que ver ‘The Walking Dead’ teria sido benéfico para a sua personagem?

Não quero que a minha personagem tenha uma ideia do que é este mundo apocalíptico. Não quero ter uma ideia na cabeça que me influencie. Prefiro esperar um pouco antes de assistir à série, porque não quero ter um conhecimento dela como fã. A Madison é a melhor personagem em que já trabalhei! Tenho a sorte de ter representado papéis realmente interessantes na minha carreira, porque há tantas camadas para interpretar a cada momento… A ação é ótima, também, fisicamente exigente e realmente muito divertida.

Como é trabalhar em algo tão secreto?

É assustador!

O stress a que a sua personagem é submetida é desafiante?

Sim, é realmente um desafio. Acho que é por isso que a série é tão divertida. Os riscos são sempre tão grandes, e há tantas correntes subjacentes… É exigente, mas habituamo-nos e queremos ir mais além. Vai ser assustador, mas, como ator, é divertido ser parte disto. Além disso, há alguma coisa ali que ressoa nas pessoas: o tema da humanidade, do que fazemos para sobreviver, daquilo em que nos tornaríamos naqueles momentos de alto risco. O que é que isso vai trazer ao de cima em nós, o que é que vamos descobrir sobre nós próprios? Estes momentos de vida e morte são um desafio e geralmente não são vividos no dia a dia. Às vezes, tento personalizá-los, e isso é desafiante.

Quer saber o que vai acontecer à sua personagem mais para a frente?

Em todos os trabalhos de TV que já fiz, estou habituada a só ter de cada vez o guião de um episódio. Isso cria a sua própria magia. As séries têm a sua própria personalidade, a sua forma de funcionar. Esta temporada foi preparada para nós e está muito bem escrita, com cada página a revelar-se uma grande surpresa para mim.

Como é a Madison?

Esta personagem é durona! É destemida, perturbadora, complicada, muito focada. É forte, mas tem simultaneamente uma carga duvidosa.

Em que fase da vida está Madison Clark, no início de ‘Fear’?

É uma mãe solteira com dois filhos incríveis, um mais problemático do que o outro. É uma orientadora vocacional e o seu namorado, Travis, foi recentemente viver com ela. Está loucamente apaixonada por ele, e estão a juntar as suas famílias: Travis com o seu filho Chris (que vive com a ex-mulher dele, Liza) e eu com os meus filhos Nick e Alicia.

Como é a relação entre Madison e Travis antes do apocalipse?

Acho que Travis está realmente comprometido com Madison e aceita as suas falhas e uma família complicada. Ela tem um filho de 19 anos que é viciado em drogas, que entra e sai constantemente de centros de reabilitação, o que não é uma situação fácil. É uma situação muito desafiante e ele apoia-a muito, o que revela como a ama. Não acho que Travis e Madison esperem a perfeição. Querem ser capazes de estar juntos e encontrar alguma harmonia na sua disfunção.

Como é que nos podemos identificar com esta família?

São dois lares desfeitos que se juntam para formar uma família unida. Não é uma coisa fácil! Hoje em dia, há muitos divórcios e famílias novas e reestruturadas por aí, e o público vai reconhecer estas lutas.

Onde está a família no início da série?

Encontramo-la logo no início da queda da sociedade. Encontramo-la na sua vida e nas lutas do dia a dia, com um tipo de história comum a todos. De repente, são confrontados com o início do apocalipse. Ninguém tem respostas, tudo está fora de controlo, é horrível! O pior pesadelo da maioria das pessoas é confrontar-se com um desastre natural sobre o qual não tem qualquer controlo, qualquer conhecimento, qualquer poder. Na série, todas essas coisas nos são retiradas. Todos nós poderíamos morrer. Os nossos vizinhos estão a mudar à nossa frente, e eles não se parecem com criaturas de outro mundo, parecem-se connosco. Os ‘caminhantes’ da nossa série são novos. São mais reconhecíveis como humanos, como um de nós; a sua aparência é só um pouco diferente, o que é mais assustador.

O que será diferente para os fãs de ‘Walking Dead’ que assistam a ‘Fear’?

As personagens estão muito atrasadas em relação aos espetadores. Não temos a informação que eles têm, portanto imagino que o público vai estar a gritar: “Não entres aí!” Acho que as pessoas também vão sentir compaixão por estas personagens que estão a lutar e a usar a sua inteligência e os seus instintos para perceber e analisar estas circunstâncias. Vai ser interessante ver a série dessa forma!

Qual é a essência da história?

A família e aquilo por que as famílias passam, e como as circunstâncias que nos desafiam até ao âmago nos aproximam ou nos destroem. Para Madison, a única coisa que interessa é salvar a família, e a pior coisa que lhe poderia acontecer seria perdê-la.

Como é trabalhar com Adam Davidson como realizador?

Adoro o Adam Davidson. Ele dirigiu o episódio piloto e os episódios dois e três. É um realizador incrível com quem trabalhei pela primeira vez em ‘Deadwood’, e algumas vezes em ‘Treme’. É um realizador muito compassivo e foi ator, também. Estudou com a Stella Adler, tem algumas ideias realmente muito boas, e nunca se esquece do trabalho de ator. Mantém as coisas realmente humanas e realistas. Percebe isso e mantém as personagens muito vivas. Há imenso amor criativo nisto, e é isso que ele tem: um coração imenso. É perfeito, para nós!

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