Patente até ao dia 31 de julho, esta é a primeira vez que a artista portuguesa leva as suas obras a um palácio habitado
A Fundação Casa de Alba inaugurou, na passada sexta-feira, a exposição “Flamboyant” de Joana Vasconcelos no Palácio de Liria, em Madrid. Disponível para visita até ao dia 31 de julho, este projeto único de artista portuguesa marca o início de um ambicioso programa de arte contemporânea promovido pela Fundação, coincidindo com o seu 50.º aniversário.
Joana Vasconcelos
Ao contrário de intervenções realizadas anteriormente pela artista noutros palácios, como Versalhes, Uffizi ou na Ajuda, esta é a primeira vez que leva as suas obras a um palácio habitado – o Palácio de Liria é a residência oficial do duque de Alba, Carlos Fitz-James Stuart, em Madrid.
“Esta exposição é um marco transcendental na história recente do Palácio de Liria. Tal como os meus antepassados, que conviveram e apoiaram os artistas mais conhecidos de cada época, também eu, enquanto Duque de Alba, sinto que é quase um dever abrir a minha casa à arte contemporânea com um artista de renome mundial. Com esta intervenção, os retratos dos meus antepassados assinados por grandes mestres como Goya, Ticiano, Rubens, Zuloaga e Madrazo convivem com a surpreendente obra de Joana Vasconcelos, unindo passado e presente” – Carlos Fitz-James Stuart y Martínez de Irujo, Duque de Alba.
Créditos: Juan Rayos
São mais de quarenta obras, que se integram perfeitamente nos diferentes espaços do palácio, alguns dos quais nunca antes visitados, como a capela, a sala de música e os jardins. A ideia da artista é estabelecer um diálogo entre a arte contemporânea e o legado do palácio.
“Estou honrada por poder apresentar o meu trabalho no Palácio de Liria, um local de profundo significado histórico e cultural, que alberga uma das mais distintas coleções privadas de arte do mundo. Esta exposição procura estabelecer um diálogo entre a arte contemporânea e o legado duradouro do palácio, criando uma interação entre o passado e o presente que reflete a evolução dinâmica da cultura. O Palácio de Liria não é um repositório de história, mas um espaço vivo, que se adapta aos contextos contemporâneos, preservando a sua essência”, afirma Joana Vasconcelos
Créditos: Juan Rayos
A exposição é organizada pela Fundação Casa de Alba e pelo Atelier Joana Vasconcelos, com o apoio da Câmara Municipal de Madrid, da Comunidade de Madrid e da Mastercard e o patrocínio da Casa de Dior, que trabalha em estreita colaboração com a artista há mais de dez anos, dando origem a colaborações como J’Adore Miss Dior, que está patente na exposição.
