Os restantes exercícios foram mais direcionados para o fitness com conjugações de exercícios de yoga. Do meu ponto de vista, o Anti-Gravity potencia o exercício de partes do nosso corpo como muito poucas modalidades proporcionam. Um dos exercícios que fizemos consistia em ficarmos suspensas com a ajuda do pano, posicionando-o um pouco abaixo da zona pélvica. Resultado? Conseguimos exercitar as ancas, contrariando a habituação daquela zona ao facto de estarmos sempre sentados.
Outro exemplo? Nunca consegui sentir um alívio tão grande na zona dos ombros como com os alongamentos feitos com o auxílio do pano. Na verdade, este adereço do Anti-Gravity ajuda-nos ainda mais na questão da mente, novamente porque, de certa forma, distraímo-nos com o auxílio que achamos que o pano nos está a fornecer, quando, na verdade, o esforço é nosso.
O último exercício foi o mais difícil, em todos os sentidos. A posição que atingimos no final chama-se “vampiro voador”. Por palavras simples, estamos suspensos de barriga para baixo apenas pelos ombros e pelos pés. A cambalhota final para chegar a esta posição é aterradora. Uma colega ao meu lado gritava: “Ai, estou a morrer!” Acredite, a sensação é completamente nova, aterradora e espetacular.
No final da aula, não pude deixar de perguntar ao Christopher quantos anos tinha. O seu aspeto jovem contradizia a sua vasta experiência. Já foi bailarino na Broadway e coreógrafo na Metropolitan Opera, em Nova Iorque, e até dos Óscares. Criou coreografias para nomes como Rihanna, Pink, Mariah Carey, Kanye West, Britney Spears, Giorgio Armani e Marc Jacobs, e agora estava ali, a dar-me uma aula surreal.
“Somos tão jovens como a flexibilidade da nossa coluna, desde que tenhamos uma mente aberta. A minha mente é muito aberta, a minha espinha é muito flexível e estou neste planeta há 53 anos”, respondeu-me.
O elixir da juventude? Novas experiências. Segundo Christopher, no dia a dia, “não exploramos todos os movimentos, especialmente de cabeça para baixo: quando experimentamos algo novo, tornamo-nos mais jovens, porque abrimos a mente a novas possibilidade”.
O fundador da modalidade assegura que todas as pessoas que experimentam o Anti-Gravity são bem-sucedidas. Eu garanto o mesmo. Experimente, porque dificilmente de outro modo vai sentir algo assim, e acredite: vai conseguir.
Por dia, há mais de 20 mil pessoas em mais de 50 países a desafiar a gravidade com esta modalidade. Em Portugal, o Anti-Gravity é uma aula exclusiva do Holmes Place, em clubes selecionados.
Imagem de destaque: O fundador do Anti-Gravity, Christopher Harrison.
