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Ajitama: comer ramen à japonesa com um cunho português

Amigos de longa data,  António Carvalhão e João Azevedo Ferreira viveram na Ásia e passaram muito tempo por terras nipónicas. Por lá, apaixonaram-se pelo prato mais popular no Japão: o ramen. Quando, no final de 2015, regressaram a Portugal, perceberam que não tinham como desfrutar deste prato. De forma a saciarem o seu desejo, embarcaram numa jornada autodidata de 13 meses, que apenas terminou quando conseguiram desenvolver a receita de um ramen que lhes recordava as suas experiências originais no Japão. 

O passo seguinte foi a abertura de um Supper Club na casa do António e que, durante ano e meio, confecionaram o seu ramen para centenas de pessoas, todos os sábados à noite. A procura era tanta, que se tornou imprescindível abrir um restaurante e alargar a sua oferta de ramens – tendo António realizado um curso de Ramen Chefs na melhor escola de Tokyo, a Rajuku, com o Chef Sensei Koitani.

 António Caralhão e João Ferreira, fundadores do Ajitama

António Carvalhão e João Azevedo Ferreira, fundadores do Ajitama

Nasceu assim o primeiro Ajitama Ramen Bistro, na Avenida Duque de Loulé. Neste espaço, o ovo é a inspiração: Quisemos que o espaço do restaurante fosse emblemático, que fizesse as pessoas transportarem-se para o Japão e que representasse criativamente o nosso topping preferido: o ovo Ajitama”, afirma António. Por isso, não é de estranhar, quando visita o espaço, que as formas em madeira presentes no local exibam interpretações artísticas dos ovos com traços arquitetónicos do Japão tradicional e urbano.

Quatro anos depois, “o Ajitama Original tornou-se pequeno para todos os Ramen Lovers da cidade” e decidiram abrir um segundo espaço na Rua do Alecrim. Aqui, o ator principal é o noodle, um dos elementos mais importantes numa taça de Ramen. A ideia foi comemorar a produção caseira do mesmo de forma 100% artesanal, tal como numa Ramen Shop nas ruas de Tóquio.

Ramen Japonês, novos pratos e um gateway to Japan

No Ajitama, são utilizadas na confeção dos pratos técnicas  artesanais nipónicas, adquiridas em cursos profissionais realizados em Tóquio. António destaca o “icónico caldo de ossos de porco (Tonkotsu), que leva de 18h a 20h para ser confecionado”. A massa fresca dos noodles é, também, feita no restaurante. “O que significa que confecionamos o ramen em todas as suas etapas, desde a raiz ao empratamento, na nossa cozinha”, afirma.

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Cada vez que surge um prato novo no menu, este já passou por vários processos. Primeiro, é feita uma análise das tendências de consumo de ramen a nível mundial e, em segundo, é avaliado o que poderia fazer sentido implementar no mercado nacional. Após traçado o caminho que pretendem seguir no menu, os fundadores revisitam algumas receitas aprendidas nos dois cursos profissionais de Ramen Chefs que realizaram no Japão, e dão o seu cunho pessoal e toque de adaptação à realidade do consumidor português. 

O nosso objetivo é continuar a fazer cursos profissionais de Ramen no Japão para aprofundar e alastrar os nossos conhecimentos, assim como ter a oportunidade de experimentar as novas tendências de ramen japonês no seu país de origem e inspirar-nos para futuras alterações do nosso menu”, afirma.

Além dos vários aspetos distintivos ao nível de produto, os dois amigos procuraram recriar, da forma mais autêntica possível, a experiência de comer ramen no Japão. Essa vontade, reflete-se na utilização de madeiras, nas máquinas mini-arcade, nos livros de Mangá, na música japonesa, e, até mesmo, nas icónicas sanitas inteligentes da marca TOTO.

Gostamos de ver os restaurantes Ajitama Ramen Bistro como um gateway to Japan, com a visão de fazer os nossos clientes viajar até ao Japão sem ter que sair de Lisboa.

“Viajámos” até ao Japão e isto é o que temos a dizer

A LuxWoman foi até à Rua do Alecrim para embarcar nesta viagem e podemos dizer-lhe que o ramen japonês subiu para o nosso top 3 de comidas favoritas.

Para começar, porque nem só de ramen vive o Ajitama, optámos por umas Gyosas (€5,5), que estão disponíveis em duas versões – vegetarianas e de frango – , e um Agedashi Tofu (€7), um Tofú japonês com cobertura crocante e enriquecido com Dashi e Katsuobushi (filetes de peixe desidratados). Divididas entre o Hakata Tonkotsu (€15,5), a especialidade da casa, e o Black Tonkotsu (€15,5), decidimos que o melhor era pedir os dois e decidir qual o melhor. Embora o primeiro seja rico e saboroso, o segundo ramen era espetacular. O caldo era extremamente saboroso, a barriga de porco estaladiça e o ovo a cereja no topo do bolo. A fechar a refeição, o Bolo de Matcha com Chocolate (€4,9) e o Cheesecake de Lima e Oreo (€5,3) revelaram-se verdadeiras surpresas deliciosas.

Com uma variedade de bebidas, desde cocktails a bebidas sem álcool, não conseguimos esquecer o mocktail Toropikaru Mangõ (€6,5), com leite de côco, manga e pimenta rosa.

Ambos os restaurantes estão abertos todos os dias e são de fácil acesso. O conselho é que reserve para garantir o seu lugar, através do site em ajitama.pt . Caso não consiga, pode sempre pedir take away através da Uber Eats.

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