No dia seguinte…
Não consigo ir à consulta e remarco-a. Ainda bem, penso eu, assim tenho tempo para cumprir ainda mais dias de plano – porque ontem, com tanto sushi espetacular, foi impossível não beber dois copos de vinho – ainda assim, junto-lhes duas limonadas para diluir.
Dezembro foi, claro, cheio de jantares de Natal e não foi fácil cumprir o plano, apesar de ter começado a beber chás de cavalinha e de urtiga – este muito amargo – que nem uma louca. Fazia parte de uma estratégia do Bruno incluir mais líquidos e drenantes naturais a ver se perco mais peso.
Mas não estou a conseguir cumprir o plano. Mesmo. Muito stress. Dias cheios de apresentações e reuniões. E jantares e almoços. Como dizer que não a um camarão frito e a croquetes quentinhos do Arola, no Penha Longa? Peço para trocarem o risotto que acompanha o peixe por legumes (estão deliciosos) e a sobremesa vai para trás. Amanhã consulta.
Quando finalmente chego à consulta após receber elogios de que estou com ótima cara e pareço mais magra, lá vou eu para a máquina. Convencida de que o peso vai estar abaixo dos 60 kg. Bem, para ser sincera, espero que ele esteja próximo. “Vê, ponto quatro. Emagreci.” Resposta do Bruno: “Mas estamos nos 61,4, Rita, não nos sessenta ponto quatro…” Acho que me apetece chorar. O que é que aconteceu? Bem sei que não tenho cumprido à risca, mas a ponto de engordar… Estava à espera de emagrecer, pouco, mas continuar na linha descendente. A sério, estou mesmo desanimada…
Mas a verdade é que o impacto de ter ganhado peso foi pior do que o resultado propriamente dito. Estamos quase nos três meses e 50% do meu objetivo foi cumprido. Estou nos 25% de gordura de forma sistemática.
Bruno faz várias contas e um quadro para me mostrar a evolução. Tenho vindo sempre a baixar a gordura, e a aumentar o músculo. Ele relembra-me a nossa primeira conversa: “Perguntei-lhe se queria mesmo chegar aos 58 kg ou se queria mudar o seu corpo e tonificar, mesmo que não perdesse o peso.” Eu tinha-lhe respondido que sim, que queria mesmo perder peso, enquanto tonificava, sim, mas perder peso.
Apesar de não estar nos 58, a verdade é que perdi muita massa gorda e ganhei músculo – da última consulta para esta, aumentei de peso, mas todo ele foi músculo. E aumentei em quase 2% a percentagem de água. E baixei a gordura visceral de 4 para 3. Mas o limite dos 60 está a irritar-me.
Decidimos manter o plano. E vou continuar a manter muitos dos hábitos alimentares. O Bruno envia-me um e-mail com técnicas de ‘sobrevivência’ às festas, como as “10 regras para perder peso”. Estão todas disponíveis para si, para ler e seguir, na edição da LuxWOMAN de fevereiro – à venda a partir de dia 28 de janeiro.
Se eu tiver tempo, ainda venho cá contar mais aventuras. Para já, chega de diário alimentar. Mas mantenho-me na dieta! E no exercício!
Imagem de destaque: as corridas.